A prática do silêncio (ou meditação) é benéfica para a saúde, para o seu crescimento pessoal e para as suas relações. Vamos abordar esse tema, mas, antes, vamos falar sobre várias objeções que as pessoas apresentam quando falamos sobre isso.
Não consigo ficar sem pensar em nada
Meditar não é ficar sem pensar em nada. Essa é uma confusão que muitas pessoas fazem. Meditar é ficar em silêncio, observando os pensamentos. Você senta e observa o fluxo dos pensamentos, como vão e vêm, mas não desenvolve um raciocínio.
Pense nisso em como se você recebesse uma visita inesperada, alguém que não foi convidado: você recebe na porta, mas não convida para se sentar. É isso que se faz durante a prática.
A ideia é que, aos poucos, você aprenda a fazer isso na vida real: reconhecer o pensamento como uma coisa que vem e vai e não se fixar a ele. Quando alguém disser uma coisa desagradável, por exemplo, não tomar aquilo como pessoal (convidar para se sentar), mas simplesmente deixar...
Uma das coisas mais poderosas que você pode fazer por você mesmo na maturidade, especialmente a partir dos 63 anos, é olhar para a sua biografia. O que foi importante? Que legado você vai deixar? O que foi transformado em força e sabedoria?
Olhar para a sua história é importante para relembrar forças e singularidades que vêm dos obstáculos que superou, das situações que você viveu.
Quando não fazemos isso, ficamos com um olhar voltado apenas para o que não conseguimos fazer, para as limitações do nosso corpo, em vez do que temos para oferecer ao mundo. Essa insatisfação se traduz numa sensação constante de cansaço.
Olhando para a vida você verá pontos estagnados que precisam entrar em movimento, seja por meio do trabalho, do servir ou da arte.
A revisão da biografia é uma das ferramentas que eu uso no meu trabalho como facilitadora de desenvolvimento humano. Vamos ver como fazer isso, e quais são os benefícios que você pode tirar olhando para a sua própria história?
As forças do RECEBER/TER na primeira e do DAR/SER na segunda metade da vida
2022-05-13
As forças do RECEBER/TER na primeira e do DAR/SER na segunda metade da vida
Por Dulcineia Santos
Publicado a 13 de maio de 2022
As forças do RECEBER/TER na primeira e do DAR/SER na segunda metade da vida
Para a antroposofia, a partir dos 35 anos a gente muda da fase do “ter” para a do “ser”, ou da fase do “receber” para a de “dar”, devolvendo um pouco daquilo que recebemos.
Na nossa juventude, recebemos uma casa para morar, conhecimento (primeiro na escola, depois de um mentor, como um chefe) e temos uma memória melhor. Até mesmo os relacionamentos (sejam amorosos ou não) acontecem de forma muito mais fluida: é mais fácil fazer amigos e encontrar parceiros quando se é mais novo.
Depois, a partir dos 35, aquilo que antes era força física começa a ser metamorfoseado em força moral, como sabedoria e ética.
Nessa fase da vida, somos impulsionados por dentro, ou seja, apenas aquilo que achamos relevante é que nos move. As motivações extrínsecas são normalmente ignoradas e até consideradas invasivas.
Outra coisa que acontece na segunda metade da vida é que transformamos crítica externa em autocrítica. Conseguimos compreender...
A Influência dos Planetas na Juventude e Maturidade Segundo a Antroposofia
2022-04-10
A Influência dos Planetas na Juventude e Maturidade Segundo a Antroposofia
Por Dulcineia Santos
Publicado a 10 de abril de 2022
Para executar nossa missão aqui na Terra, trazemos quatro disposições principais:
Vindas do zodíaco;
Dos planetas;
Dos temperamentos (colérico, sanguíneo, melancólico e fleumático);
Da hereditariedade.
Depois, outras coisas vão influenciar: o lugar onde nasceu, a raça, a época, a língua.
Hoje, vamos nos ater um pouco sobre a influência dos planetas em nossa predisposição e em como eles atuam em cada setênio (ciclo de sete anos). Mais abaixo você verá também como eles influenciam a maturidade (a partir dos 63 anos).
Os planetas e os setênios
0 a 7 — Lua: desempenha um papel fundamental na determinação de nossa forma e constituição, bem como traz, durante a vida, as forças do passado para o presente.
7 a 14 — Mercúrio: atua com sua influência benéfica e harmonizadora. É o período em que (potencialmente) estamos mais longe da morte.
14 a 21 — Vênus: exerce uma influência intensa na esfera erótica e nas ideais do terceiro período de sete anos.
Dia dos Idosos como adquirir um novo fôlego para viver essa fase da vida
2022-01-27
Dia dos Idosos
como adquirir um novo fôlego para viver essa fase da vida
Por Dulcineia Santos
Publicado a 27 de janeiro de 2022
“Há uma tendência na sociedade ocidental em se perguntar, em todas as áreas, o que se pode fazer pelos idosos, nem sempre se considerando o reverso da questão, ou seja, também considerar o que os idosos podem fazer pelos outros seres humanos e pela sociedade” — Ana Pandochi.
O mês de outubro começou com as comemorações do Dia do Idoso. Aposto que você não sabia dessa data, e esse é só o começo do problema: a invisibilidade dos idosos. A gente vive num mundo que produz conteúdo, roupas e programas para jovens e adultos, esquecendo os idosos e suas necessidades.
A grande verdade é que mesmo as pessoas na maturidade esquecem de suas necessidades. A maioria, apesar daquela inquietação no fundo da alma, acha que não há nada mais para viver depois de certa idade.
Para a Antroposofia, porém, a partir do nono setênio (ciclos de sete anos), ou seja, a partir dos 63 anos, há ainda muito a ser feito! É uma época de liberdade sem igual, em que...
Dia dos Idosos – como adquirir um novo fôlego para viver essa fase da vida
2021-12-27
Dia dos Idosos – como adquirir um novo fôlego para viver essa fase da vida
Por Dulcineia Santos
27 de dezembro de 2021
“Há uma tendência na sociedade ocidental em se perguntar, em todas as áreas, o que se pode fazer pelos idosos, nem sempre se considerando o reverso da questão, ou seja, também considerar o que os idosos podem fazer pelos outros seres humanos e pela sociedade” — Ana Pandochi.
O mês de outubro começou com as comemorações do Dia do Idoso. Aposto que você não sabia dessa data, e esse é só o começo do problema: a invisibilidade dos idosos. A gente vive num mundo que produz conteúdo, roupas e programas para jovens e adultos, esquecendo os idosos e suas necessidades.
A grande verdade é que mesmo as pessoas na maturidade esquecem de suas necessidades. A maioria, apesar daquela inquietação no fundo da alma, acha que não há nada mais para viver depois de certa idade.
Para a Antroposofia, porém, a partir do nono setênio (ciclos de sete anos), ou seja, a partir dos 63 anos, há ainda muito a ser feito! É uma época de liberdade sem igual, em que a pessoa...
“Um órgão dos sentidos saudável nunca transmite uma falsa impressão.” Essa frase do Dr. Norbert Glas resume bem a importância de entendermos nossos sentidos. Para a Antroposofia, filosofia criada por Rudolf Steiner, eles não são cinco, mas doze.
Um órgão problemático não só nos dá uma impressão incorreta sobre o mundo externo, mas também tem um impacto grande em nossa vida anímica, quando nos sentimos com ou sem energia, e em nosso sentido de liberdade, principalmente à medida que envelhecemos.
Segundo Glas, “envelhecimento, num certo sentido, é a extinção gradual das funções sensoriais.”
Um olhar atento sobre esses órgãos pode ainda ajudar a diminuir problemas, como a perda de memória e o mesmo “órgão” (corpo etérico) responsável por ela é também o que comanda os sentidos e a formação do corpo físico.
Uma das coisas mais importantes que podemos fazer conforme o tempo passa, é não nos identificarmos com as limitações do corpo. Ao entendermos o assunto, saberemos o que podemos fazer a partir de hoje para uma melhor qualidade de vida.
A palavra “poder” usada de forma positiva e a nosso favor
2021-07-25
A palavra “poder” usada de forma positiva e a nosso favor
Por Dulcineia Santos
25 de julho de 2021.
Sandra Ingerman diz que “poder é a habilidade de transformar energia.” Se pensarmos que tudo é energia, conseguimos entender a importância dessa palavra: pelo poder, transformamos dinheiro, saúde física e mental, enfim, tudo. Não é à toa que às vezes a palavra “poder” é usada como sinônimo de Deus (ex.: o poder que criou tudo).
É também nesse sentido que o Deepak Chopra faz uma conexão entre poder e abundância ao dizer que quando nos desconectamos do nosso poder pessoal, achamos que a porta da abundância está fechada.
Chopra fez um ciclo de meditações todinho voltado para empoderamento, e definiu poder como “o lugar onde as possibilidades emergem.” Aqui vai um resumo.
Primeiramente, nos sentimos desempoderados porque nos afastamos da nossa essência, ou seja, o entendimento de quem somos realmente. Se “essência” é uma palavra ainda sem significado para você, aqui vão algumas palavras ligadas a ela para que você possa se familiarizar: conexão, presença, clareza, fluxo, respiração, meditação, amor, aceitação, criatividade, expansão, rendição, unidade, deixar ir.
Sob um certo ponto de vista, sim, estamos todos interligados — é o que o budismo chama de interdependência: viemos da mesma fonte e tudo que eu faço afeta você, uma pessoa lá na China, por exemplo, e o todo.
Por outro lado, o pensamento de que somos todos um pode trazer um grande problema: a relativização do sofrimento. Aqui vão algumas formas de como isso se mostra:
Spiritual bypassing (Contorno espiritual)
A expressão spiritual bypassing é traduzida por alguns como “passar pano espiritual”. Essa expressão foi cunhada pelo professor budista John Welwood e refere-se à “tendência a usar ideas e práticas espirituais para se esquivar ou evitar encarar problemas emocionais não resolvidos, feridas psicológicas e tarefas não concluídas”.
Trazendo para o nosso assunto, usar a espiritualidade para deixar de encarar aquilo que não está resolvido em nós: nossa própria intolerância, racismo, homofobia ou seja lá o que nos faça entender “diferentes” do outro. Quando dizemos: “somos todos um”, vamos pelo caminho mais fácil: se somos iguais, não preciso olhar para o outro....
Água é vida! É conhecido de todos que podemos passar alguns dias sem nos alimentar, mas sobreviveríamos pouco sem água. Alguns conhecimentos sobre ela são populares: sabemos, por exemplo, que a água está ligada às emoções e que 70% do nosso corpo é formado por esse elemento. A água está relacionada à Lua e ao feminino.
Aqui vão alguns entendimentos sobre esse precioso elemento em várias filosofias, para que você possa explorar mais sobre ele na sua vida:
Água e Feng Shui
No Feng Shui, a água está relacionada à prosperidade e à energia. Se você está com problemas financeiros e falta de energia (chi), verifique se não há vazamentos, torneiras com problemas e água parada. Consulte uma profissional para entender qual parte da sua casa corresponde à área financeira e como ela pode ajudá-la em caso, por exemplo, de um curso de água lento muito próximo à casa.
Os elementais e a água
Seguindo a tradição de Paracelso, a Antroposofia reconhece a existência de seres elementais entre nós, ou “espíritos da natureza”, que tem constituição...
A diferença entre a voz do ego e a do Eu Superior (parte II)
2020-12-01
A diferença entre a voz do ego e a do Eu Superior (parte II)
Por Dulcineia Santos
1 de dezembro de 2020.
Em 2019 escrevi este texto falando sobre intuição e ego: como distinguir se a voz que está falando com você pertence a um ou a outro?
Esse é um dos meus artigos mais acessados, e acho que a razão para isso é que quanto mais as pessoas se aproximam do autoconhecimento, mais essa dúvida aparece, afinal, quem nunca se pegou questionando se aquele pensamento era um alerta ou uma autossabotagem? Resolvi, então, incluir neste artigo alguns ensinamentos que reuni no último ano sobre o assunto e que têm me ajudado imensamente a fazer essa distinção.
O que é o ego?
O ego tem a ver com o seu senso de eu: “eu”, “meu”, “comigo”, “para mim”, “sou assim”; é aquilo com o qual você se identifica (“meu prêmio”, “minha dor” etc.).
Adyashanti, professor e autor americano, diz que o ego é um verbo, ele “acontece”. Além disso, está sempre negociando com a vida.
A essência, por sua vez, está mais relacionada ao “ser” do que ao...
E o que criatividade tem a ver com espiritualidade e autoconhecimento?
2020-11-17
E o que criatividade tem a ver com espiritualidade e autoconhecimento?
Por Dulcineia Santos
17 de novembro de 2020.
Que nome você dá para aquele Ser para quem você ora à noite? Muitas pessoas o chamam de Criador. Por aí você já começa a entender a ligação com a “criatividade”. Para ser criativo você precisa estar aberto para receber “insights”, inspirações que vêm de uma parte de você que não está ocupada demais com as atividades do dia-a-dia.
Uma das razões da divindade da criatividade é que ela coloca você mais perto do seu lado criança. E quando você era criança você estava mais próximo da sua essência, ou seja, menos contaminado por experiências que te moldaram, por crenças, por condicionamentos, por aquilo que outras pessoas esperam de você. Exercer a sua criatividade é uma maneira de se conectar com o seu lado mais puro.
Mas nem todos nós tivemos a oportunidade ou fomos estimulados a exercer este lado quando crianças, e por isso acabamos crendo que não somos criativos. Confundimos não saber uma determinada coisa (como pintar ou desenhar) com falta de criatividade. Mas a criatividade é algo inerente...
Ano passado lancei o livro “A Namorada do Dom”, uma biografia na qual conto um pouco sobre as lições que aprendi com os meus relacionamentos e como, de lição em lição, vim parar na Suíça.
Muitas pessoas me perguntam como é escrever um livro. A história dele começou, claro, com o meu nascimento, mas a escrita iniciou há 10 anos, quando eu estudava Antroposofia.
Uma pessoa que fez apenas um trimestre do curso, que tinha tido uma vida bem interessante por ter sido uma modelo famosa, sugeriu que trocássemos algumas histórias sobre a nossa vida depois que ela foi embora para a Austrália.
Durante o curso, resolvi que um dos meus trabalhos de final de ano seria sobre a Terapia Biográfica, em que analisamos acontecimentos de nossa vida com base nos setênios, ou ciclos de sete anos. Para isso, fiz um pouco como uma linha do tempo, na qual coloquei cada acontecimento e o sentimento relacionado a ele de forma bem simples mesmo, em uma ou duas linhas.