A VERDADE LIBERTAR-NOS-Á

A filosofia de lavar a louça

2022-03-28

A filosofia de lavar a louça

Escrito por António Carlos Pereira Antunes

Posto a 28 de março de 2022

 
 
 
 
 


Confesso que não sou um exímio lavador de louças. Deixo a desejar nos quesitos eficiência e rapidez. Mas me esforço. Outro dia recebi a reclamação de que um garfo estava meio gosmento. Falta de força na fricção da esponja contra o metal. Aumentei a pressão contra o talher para tirar a gordura ali impregnada.

Não sei se é um pouco de TOC — deve ser mesmo — mas eu tenho um processo para lavar a louça. Começo pelos pratos, dos rasos aos fundos, vou para as panelas ou frigideiras, potes de plástico, copos e, por fim, os famigerados talheres. Meu calcanhar de Aquiles.

Lavar a louça sempre me leva a esvaziar a mente, como se todos os problemas do mundo fossem reduzidos à quantidade de detergente que você coloca na esponja ou da água que você permite que saia da torneira. Porém não é incomum que pensamentos mais encorpados me assaltem. Certo dia, uma segunda-feira, dia de pia cheia — sobras da preguiça do final de semana — me bateu a ideia de que a nossa...
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Tags: antonio carlos pereira antunes, autoconhecimento, autoconvivendo, convivendo, filosofia, reflexao, tempo


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Em busca da minha Inspiração…

2022-03-21

Em busca da minha Inspiração…

Andrea Ralize

21 de março de 2022 

 
 
 
 
 
 
 
Essa é a invocação da Musa que Homero faz no início da Odisseia:
“Ó, divina poesia, deusa, filha de Zeus, mantenha viva para mim esta canção do homem de múltiplos interesses que depois de ter pilhado o âmago da cidadela da sagrada Troia, foi levado a vagar dolorosamente pelas costas litorâneas de outros povos, vivendo segundo seus costumes, bons ou maus, enquanto o seu coração, ao longo de todas as viagens marítimas, sofria em agonia para se redimir e levar seus homens para casa em segurança. Vã esperança – para eles. Os tolos! Sua própria insensatez os desgraçou. Destruir, pela carne, o gado do mais exaltado Sol, razão pela qual o deus-Sol escureceu o dia à sua volta. Faça com que essa história viva para nós em todos os seus múltiplos significados, Ó Musa…”
E hoje me vejo olhando pela janela de uma cidade interiorana de Minas Gerais, dessas janelas que trazem uma paisagem que seria certamente um convite inspirador para o meu Eu do passado, aquele que vivia com uma caneta e um caderno de anotações, escrevendo e poetizando sem...
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Tags: andrea ralize, arte, arte de viver, auto-reflexao, autoconhecimento, autoconvivendo, inspiracao, mulher poesia, musa


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O corpo é um livro autobiográfico

2021-10-14

O corpo é um livro autobiográfico

Por Leandra Dib

14 de outubro de 2021

 


Todos nós estamos escrevendo um livro. Fazemos isso há muito tempo, mesmo que não nos tenhamos dado conta desse feito, e a superfície de inscrição é o nosso corpo.

Nele, deixamos registrado tudo o que acontece conosco. Nossas experiências, vivências, nossos pensamentos, sentimentos, emoções… Começamos essa escrita lá no ventre de nossas mães e muito daquilo que com ela aconteceu, nós também experienciamos, então esses registros também compõem a nossa história.

Para mim, os livros pedem para serem lidos; toda vez que me aproximo de um livro, eu sinto um convite sendo feito. Olhar o livro, aproximar-me dele… isso acaba por me aproximar de certa forma da pessoa que o escreveu também. Colocar-me aberta ao diálogo e permitir-me atravessar por aquela história é a atitude escolhida para a leitura.

Algo muito parecido acontece quando eu me aproximo de uma outra pessoa. Uma aproximação respeitosa, sem antecipação, sem pré-julgamentos, mas dotada da curiosidade que me move.

O que será que o corpo daquela pessoa é capaz de me contar sobre quem ela é? Sobre o que ela já viveu? O que aquela dor está sinalizando? Em...
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Tags: autoconhecimento, autoconvivendo, comportamento, comportamento humano, leandra dib, mudanca de vida, viver a vida


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Aprendendo a rir de mim

2020-11-23

Aprendendo a rir de mim

Thiane Avila

23 de novembro de 2020

 
 

 
 
 
Daqui a pouco estarei rindo de mim mesma. Olhando meus cacos espalhados pelo chão com graça, com amor. Fitarei minhas partes com o carinho e a graça necessários para dar significado às sensações, mas sem negar o trajeto que fiz até poder dar risada agora. Ver com humor minhas rachaduras e desacertos.
 
Com olhos de quem descobre o amanhecer a cada nova chegada, estenderei alguns vazios pela casa, perfumando a rotina com óleos essenciais de maturidade e inocência. Orando aos orixás, firmarei compromisso com o silêncio, sem dispensar a chegada de cada aprendizado novo. De cada olhar fortuito e eterno em paralelo aos banhos demorados de cachoeira.
 
As águas que escorrem em meu corpo traçam o mapa das minhas curvas em completa consonância com o enredo de minha história. Desviam em algumas marcas que foram fazendo morada em mim ao longo do tempo, com o sentir de cada história. Elas contam os detalhes bonitos das vivências de outrora, como quem fica para não me deixar esquecer dos endereços que me importam. Lembram-me que meu corpo é um templo sagrado e único...
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Tags: aprendizado, autoconhecimento, autoconvivendo, histrias, thiane avila, vida


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Contemplação.

2020-06-24

Contemplação.

Escrito por Carlos de Campos.

24 de junho de 2020. 

 
 
Homem sentado em muro baixo no topo de uma montanha, com vista para uma cidade..
 
 
 
 
Diante da fragilidade humana
Às margens da própria mortalidade
Somos levados a refletir
Nossa própria história
Somos criaturas amorosas
Por vezes, horrorosas
Seríamos, talvez
O resultado despretensioso da mãe natureza
De exceder a si mesma?
Ou seguimos sua ordem imperceptível?
Como nos enxergamos em tão importante momento da nossa existência?
 
 
Pixels/Keegan Houser
 
 
Viver é instabilidade constante
Lançar-se numa viagem ao desconhecido
Sem rumo preciso
Sem velas, em naus
Na busca da felicidade
Que todos anseiam, sem exceção
Todas as pessoas que conhecemos
Possuem desejos em comum
Outras, bem mais complexos
Sede de amor e afeto
E, o mesmo vazio insondável
No peito
Que nada parece abrandar
O instinto em comum
 
 
O medo da morte
Impreterível destino final
Que a sábia sensatez
Resolve ignorar
E nos remete ao apego
Com todo o amor
Que carregamos no coração
Esquecemos, saudavelmente
E, portanto, nos permitimos
Usufruir o bom da vida
Conforme as possibilidades
Tendo guardada a consciência
De que tudo pode acabar
Num piscar de olhos.
 
 
Umedecidos de lágrimas
Ao recordar essa realidade
Estes mesmos olhos...
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Tags: autoconhecimento, autoconvivendo, carlos de campos, contemplacao, convivendo, refletindo, refletir, reflexoao, reflexoes


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