Ser mãe ou pai está bem longe de ser algo fácil e simples. Já publiquei aqui alguns textos sobre esse tema e sigo nessa caminhada de reflexão e de como somos tocados por essas experiências em nossa família.
Neste artigo, quero trazer questões sobre controle e razão, coisas que sempre queremos ter e cuja maternidade/paternidade nos derroga constantemente.
Comecemos pelo controle!
Quem de nós pode afirmar, sem nenhuma dúvida, que não tenta, não gosta ou não quer controlar as situações, as coisas e pessoas ao redor?
Buscar o controle, ter a sensação de tê-lo nos faz sentir segurança, como se, com tudo sobre controle, pudéssemos seguir mais tranquilos vida afora.
O que acontece se observamos essa nossa necessidade de controle no ato de maternar ou paternar? O que sentimos quando ouvimos NÃO dos nossos filhos? Quando não somos ouvidos, quando eles nos desafiam, quando não fazem o que queremos ou pedimos?
Ouso dizer que, inevitavelmente, levamos para o pessoal, para a insegurança de não saber como lidar, como responder e...
Faz 9 meses que não publico um artigo por aqui. Nesses últimos meses, escolhi navegar por outros mares para conhecê-los e poder voltar mais interessante para cá. E, com muita alegria, compartilho que publiquei um livro – sim, agora sou escritora de verdade kkkkkk – e tenho um canal no YouTube. Então retorno cheia de folego, disposição e muuuuita vontade de saber: como você está?
Você tem a sensação de que está no controle ou de que vem sendo levado pelos acontecimentos?
Você tem se permitido respiros, contemplações, silêncios ou se encontra perdido em atividades incessantes?
E as emoções, como andam? Você as tem sentido ou corre delas como o “diabo foge da cruz”?
Seu corpo tem tido olhares e toques gentis em seu dia a dia, ou tem sido apenas fonte de críticas e insatisfações?
Enfim, como está sua vida? Como você está?
Desejo que esteja se cuidando com gentileza, que tenha colocado na agenda pausas e que as emoções não sejam motivo de medicações e fugas. No entanto, sei o...
O que é autoconhecimento? Ouvimos muito essa palavra e possivelmente acreditamos que nos conhecemos e que sabemos exatamente quem somos.
Por um lado, de fato sabemos algumas coisas sobre nós, temos informações concretas sobre nossa vida, nossa história e portanto sobre quem somos.
Eu por exemplo sou a Juliana, tenho 43 anos, gosto de viajar, ler, trabalhar, sou curiosa e tenho uma vida agitada com dois filhos, três cachorros e um marido. E posso passar um tempo grande falando sobre minha história e o que sei de mim. O mesmo acontece com você.
Sabemos várias coisas sobre nós e podemos dizer que isso é autoconhecer-se. Porém, existem tantas outras que preferimos NÃO saber a nosso respeito ou que estão tão guardadas que raramente acessamos e ainda há aquelas que só descobrimos diante de situações que acontecem em nossa vida.
Encontramos assim uma nuance do autoconhecimento que pede um saber mais refinado, que requer observação, acolhimento e não julgamento. Nesta via o autoconhecer-se é ser íntimo das emoções que sentimos, perceber como cada uma delas nos afeta e como reagimos...
Faz um tempo que tenho reparado nas relações entre irmãos e em toda a riqueza de sentimentos envolvidos nesse convívio.
Assim como a maternidade, a irmandade também vem carregada de emoções idealizadas e quase sacras, só que em ambas o cotidiano é bem mais trágico, difícil e complexo do que nos ensinam.
Ter um irmão é devastador porque se somos filhos únicos, ele já chega nos tirando/roubando um lugar, olhares e atenções antes só nossas. Então, num primeiro momento, este ser que adentra nossa casa e nosso espaço é antes de tudo o destruidor de um sistema emocional e físico, já estabelecido e equilibrado.
Se somos filhos do meio, vivemos o dilema entre ser comparado com o mais velho e, portanto, aquele que sabe, que é o primogênito. E o mais novo que vem, como dito acima, nos roubar o lugar de caçula e demandar os olhares, amores e cuidados antes destinados a nós e divididos com apenas mais um. Essa posição de filho do meio muitas vezes nos deixa de escanteio, com as sobras do que foi dado ao mais velho e ao...
Dias desses, participando de um grupo, fui convidada a escrever uma carta ao meu destino. Essa não foi a primeira vez que fiz isso, mas achei interessante transformar essa carta em um texto a ser publicado para quem sabe provocar em você que me lê uma certa curiosidade — o que será que você escreverá para o seu destino? O que você pedirá a ele?
O que você sentirá diante da simples possibilidade de “conversar” com ele e torná-lo, portanto, um tiquinho mais próximo de você?
Quem ou o que é o destino? Qual a sua relação com esse termo, essa palavra, com esse mistério?
Minha carta segue abaixo e fico aqui na torcida de poder saber um pouquinho de como foi a sua experiência. Se escreveu a carta e como essa relação entre você e seu destino está agora.
“Há quem diga que nosso destino é escrito por nós.
Outros acreditam que ele já vem traçado quando nascemos.