Ontem, enquanto ia tomar banho, fez-se um silêncio profundo. Me pareceu um pouco engraçado, pois comecei a pensar que todos os dias são assim. Acredito que pela correria diária não fui capaz de prestar atenção nesses instantes de pleno silêncio.
Invadiu-me uma paz sem fim, na verdade, parecia que não havia pensamentos. Éramos só eu e aquele instante. Era como se estivesse fazendo alguma espécie de meditação, mas involuntariamente. Não havia sido nada planejado. Talvez fosse meu corpo dizendo que era necessário diminuir a frequência.
Refletindo sobre o acontecido, invadiu-me o seguinte pensamento:
“É necessário que me desconecte para assim conseguir conectar-me.”
O que quer dizer? O que poderia extrair disso?
Acredito que ficamos tão freneticamente focados nos dias, em fazer, resolver, produzir. Entramos no automático, fazemos muito e não fazemos nada.
Percebi que é necessário desligar totalmente para enxergamos onde estamos, organizar as ideias. Não devemos apenas seguir as ondas por conta da correnteza, é preciso surfar. Dessa forma, quando ligarmos novamente, seremos mais produtivos e fiéis conosco.