Existe Dia do Homem? Sim, e é importante falarmos sobre isso!
2022-07-15
Existe Dia do Homem?
Sim, e é importante falarmos sobre isso!
Eu Sem Fronteiras
Publicado a 15 de julho de 2022
Simon Matzinger / Pexels / Canva
Se alguém lhe perguntasse quando é comemorado o Dia Internacional da Mulher, provavelmente você diria, sem pensar por muito tempo, que é em 8 de março, anualmente. Essa data está presente no nosso imaginário porque, além do significado de luta e de resistência, o Dia Internacional da Mulher tornou-se uma data comercial.
Como os produtos destinados ao público feminino são os mais variados e os mais caros, é conveniente que uma sociedade capitalista se aproveite da chance de homenagear as mulheres com presentes nesse dia que deveria ser de reflexão. Inclusive há uma série de controvérsias sobre o ato de presenteá-las nessa ocasião.
Mas, e se uma pessoa te perguntasse quando é comemorado o Dia Internacional do Homem? Talvez você demorasse um pouco mais para responder, tanto porque há mais de uma data para a celebração quanto porque essa data não se tornou tão comercial quanto é o Dia Internacional da Mulher.
Isso não significa, porém, que os homens estão sendo menosprezados pela sociedade. Na verdade, as atenções...
Adentrar o universo masculino é uma tarefa que requer cuidado e empatia, já que dentro desse meio existem camadas delicadas de serem atravessadas. A sociedade patriarcal, responsável por alimentar estereótipos que deram sustentação ao homem como provedor e o “macho da casa”, contribuiu demasiadamente para que houvesse danos refletidos ainda hoje na história, prejudicando principalmente o personagem central do enredo, tornando essa figura tão complexa de ser observada. Por trás de toda a fachada, a realidade nua e crua dos fatos serve a qualquer momento de guia para a não repetição desse passado.
Padrões de comportamento enraizados já na infância reforçam o ditado de que chorar é coisa de menina. De geração em geração, rótulos baseados em virilidade conservaram a ideia de que se mostrar vulnerável é característica de afeminado; a regra é ser másculo. O cenário anunciava, até recentemente, o conquistador rodeado de mulheres como garanhão, enquanto, do outro lado, apelidos em tom pejorativo eram disseminados sem tantos critérios. Com o tempo, os estragos dessa educação deram sinais decisivos para repensarmos o papel do homem, visto que ele...
Adentrar o universo masculino é uma tarefa que requer cuidado e empatia, já que dentro desse meio existem camadas delicadas de serem atravessadas. A sociedade patriarcal, responsável por alimentar estereótipos que deram sustentação ao homem como provedor e o “macho da casa”, contribuiu demasiadamente para que houvesse danos refletidos ainda hoje na história, prejudicando principalmente o personagem central do enredo, tornando essa figura tão complexa de ser observada. Por trás de toda a fachada, a realidade nua e crua dos fatos serve a qualquer momento de guia para a não repetição desse passado.
Padrões de comportamento enraizados já na infância reforçam o ditado de que chorar é coisa de menina. De geração em geração, rótulos baseados em virilidade conservaram a ideia de que se mostrar vulnerável é característica de afeminado; a regra é ser másculo. O cenário anunciava, até recentemente, o conquistador rodeado de mulheres como garanhão, enquanto, do outro lado, apelidos em tom pejorativo eram disseminados sem tantos critérios. Com o tempo, os estragos dessa educação deram sinais decisivos para repensarmos o papel do homem,...