O ego odeia a quarentena. Na realidade, ele odeia tudo traz restrições. Nesse momento, temos uma grande oportunidade de conhecer melhor nosso ego, saber como ele funciona e criar distanciamento. O ego é uma parte nossa. Mas não é quem somos. Ele é importante para vivermos aqui na Terra, mas não é quem manda na nossa vida. Aquela voz que você ouve na sua cabeça, dizendo que não vai dar conta, que está chato, que você não pode, que faz você sentir medo, não é sua voz real. É a voz do ego. Quando nos distanciamos do ego, abrimos espaço para nossa conexão com nosso SER real. Quem somos de verdade. Aqui vão algumas dicas de como o ego pode se manifestar neste período. 1. Reclamar A reclamação é principal expressão do ego. Ele não gosta de nada que traz algum desconforto, nada que seja diferente. Reclamar da situação e expressar em voz alta é uma forma de se identificar com estes pensamentos. Quem reclama é sempre o ego. Observe e substitua suas reclamações por agradecimentos....
Esses dias descobri uma condição. É uma espécie de doença rara. Na verdade nem é tão rara assim. Apenas não se fala muito nela.
E eu escrevo este texto para me curar dela. Porque os meus textos são minha cura.
Descobri que sofro da Síndrome do "Tem que ser eu".
É uma condição que faz com que eu acredite que só eu posso fazer as coisas. Que tudo tem que ser feito por mim.
É aquilo que faz eu me tornar centralizador, tenha dificuldade de delegar e dificuldade de dizer não para oportunidades.
Se alguém me pede para fazer algo, eu digo sim, porque se ela pediu é porque sabe que posso fazer. Ou porque eu sei e ela não sabe. Tem que ser eu.
Quando me convidam para alguma coisa legal, eu preciso ir. Porque eu tenho que estar lá. Porque é uma oportunidade que eu não posso desperdiçar. Não pode ser outra pessoa. Tem que ser eu.
Quando tem um trabalho importante, é melhor que eu faça, porque não conheço quem faça melhor...
Esses dias estive pensando em quanta incoerência tem na minha vida. Como costumo me colocar em último lugar na minha lista de prioridades.
No meu carro, eu não coloco gasolina adulterada, nem paro em posto de gasolina de procedência duvidosa.
Mas no meu corpo eu ainda coloco alimentos industrializados, com agrotóxicos, químicos e ingredientes que eu nem sei o que são.
Eu cuido melhor do meu carro que do meu principal veículo, que é meu corpo.
Quando alguém vem me visitar em casa, eu limpo toda a casa, deixo tudo organizado, faço compras e abasteço minha casa com muita coisa boa. Quando eu estou sozinho, deixo a geladeira esvaziar e permito fica um pouco bagunçada.
Quando recebo alguém de fora de São Paulo em casa, eu quero fazer passeios, penso na programação e agenda cultural e lugares legais pra visitar. Quando estou sozinho, fico só em casa mesmo.
Quando trabalho de casa, sou capaz de passar o dia com roupas largadas e até mesmo de pijama. Mas quando vou fazer um call ou receber alguém em casa, eu coloco roupas novas.
Esse é um texto que eu queria ter escrito um bom tempo atrás.
Mas eu quis ter mais clareza antes de escrever. Queria dominar o assunto antes de poder falar sobre um tema tão delicado e que sei que amedronta muita gente.
Acontece que se eu esperar dominar um assunto para escrever, eu nunca vou escrever. Porque esse não é o meu lugar. Eu não sou o especialista que ensina. Eu sou o aluno que aprende junto.
Por isso vou escrever enquanto tomo consciência sobre o que me aconteceu.
Vivemos em uma sociedade baseada no dinheiro.
Quem tem dinheiro tem liberdade. Quem não tem dinheiro não é tão livre assim.
Quem tem dinheiro tem paz. Quem não tem dinheiro não dorme direito.
Quem tem dinheiro pode ajudar os outros. Quem não tem dinheiro não consegue nem se ajuda direito.
Quem tem dinheiro consegue ser criativo e pensar fora da caixa. Quem não tem dinheiro, não consegue pensar outra coisa senão em como vai pagar as contas.
Quem se tem dinheiro, consegue vibrar no amor. Quem não tem dinheiro vibra no medo.
Esse texto é mais um dos aprendizados que tive com a natureza. Pra mim, a natureza é a melhor escola que existe.
Fiquei duas semanas sem visitar minha horta. Cheguei e vi os pés de alface passando do ponto.
Na hora senti um misto de tristeza com culpa. Não deveria ter ficado tanto tempo sem cuidar da horta. Fiquei pensando que era um desperdício, que não estava honrando o que a natureza me dava.
Cuidei da horta por alguns minutos enquanto respirava esses sentimentos. O que acontecia dentro de mim? Por que estava me sentindo mal?
Enquanto olhava para dentro, eu seguia com a enxada, limpando os canteiros e removendo ervas daninhas, fazendo o trabalho pesado e “sujo”de uma horta.
E foi aí que o entendimento veio. Foi como uma pedra que caiu na minha cabeça.
Doeu.
Nesse momento eu comecei a lembrar de todos os trabalhos que ja tive. De todas as empresas que fundei. De todos os projetos que comecei. E identifiquei um padrão na minha vida.
Eu sempre gostei do trabalho pesado. Sempre gostei do...
O valor da sua história Esse não é um texto sobre mim. É um texto sobre você. Mas pra falar de você, vou falar de mim. Porque não tem muita diferença entre eu e você. Eu sempre tentei me esconder atrás de máscaras. Sempre tentei me proteger atrás dos títulos, dos cargos, das marcas, da imagem falsa de quem eu era. Lembro do dia que ganhei meu primeiro cartão de visita na empresa. O cartão com meu nome gravado junto com a marca da empresa. Nesse mesmo dia distribui uns 30 cartões por aí. Pra todos meus amigos, pro dono do bar, pra pessoas que eu nem conhecia pra que assim me conhecessem (ou pelo menos soubessem meu cargo) E assim eu vivi uns bons meses. Talvez até anos. Eu não era eu. Era uma marca. Uma marca de outra pessoa. Voltamos pros dias de hoje. Cheguei a uma reunião em um prédio comercial. Na recepção: - Seu nome? - Gustavo Tanaka - Gustavo de onde? - Como assim? - De qual empresa? - De nenhuma Silêncio… Olhar desconfiado… Seria eu um desempregado? Como eu não representava...
Sempre fui muito menor que quase todos os meninos da minha idade.
Também sempre fui mais fraco. Não tinha tanta força física.
Meus primos gostavam de brincar de luta. Eu nunca gostei.
Eu nunca gostei de bater em ninguém e por isso deixava me baterem para não precisar bater. Até mesmo meus primos mais novos me venciam nessas brincadeiras.
Entramos na adolescência e meu corpo tinha menos pêlo que dos meus amigos.
Eu tinha menos libido e pensava em sexo menos que eles.
Eu gostava de escrever. Eu tinha um caderno onde escrevia. Mas diário era coisa de menina. Então eu escondia na gaveta. Não na primeira, mas na terceira gaveta, embaixo de um monte de pastas, pra não correr o risco de ninguém descobrir.
Todo esse cenário me fez me sentir menos homem, menos macho que os meus amigos.
Some a isso o fato de eu ser meio gago na infância e imaginem o resultado disso na minha relação com as mulheres.
Não conseguia me aproximar, não conseguia chegar em mulheres.
Com isso, demorei para dar o primeiro beijo e para ter a...
Imagine que você está na praia. Está um lindo dia de sol.
Você se deita na sua canga e toma sol.
Está tudo perfeito.
De repente, uma nuvem vem e encobre o sol.
Você olha em volta e vê que as pessoas começaram a ficar desconfortáveis. Aquela brisa gostosa que batia na praia se torna um vento frio agora que não está mais sol. Elas se levantam, mudam de lugar.
Passam alguns minutos e aquela nuvem continua lá.
E aí o cenário mudou e na praia ta todo mundo desesperado, correndo de um lado pro outro, tentando fazer a nuvem ir embora.
Você vê pessoas levantando os braços tentando alcançar as nuvens pra movê-las, gente assoprando para o céu.
Ninguém se diverte mais. Todo mundo saiu do mar.
Algumas pessoas começam a recolher suas coisas e e guardar tudo.
Outros chegam a ir embora. Entram no carro e voltam pra casa.
O vendedor de sorvete aceita que não vai vender nada e também começa a ir embora.
Será que eu mudo? Será que eu saio? Será que peço demissão? Será que deixo o projeto? Será que me envolvo mais? Será que aceito? Será que peço em casamento? Será que vou morar lá? Será que eu devo falar? Será que entro de cabeça? Será que pulo na piscina?
Dúvidas. Dúvidas e mais dúvidas. Eu sempre vivi com essas questões. Falta de convicção. Falta de certeza. Eu sempre mudei muito. A mudança parece ser a única constante na minha vida. E com a mudança eu aprendi a observar. Já agi por impulso antes da hora. Já e precipitei e me arrependi. Já me culpei. Já me perdoei. Já demorei pra agir e perdi o timing. Já me arrependi, me culpei e me perdoei por isso também. Então eu comecei a observar. E observando eu aprendi que tem uma hora que tudo fica óbvio. Tem uma hora que a dúvida se dissipa e se transforma em certeza. Imagine que está calor, você passou o dia de roupas leves. Aí o sol vai embora, começa a escurecer e esfria um pouco.
É uma doença diferente. Os especialistas não chamam de doença. Na verdade, eles nem sabem que é uma doença. Talvez porque eles mesmos estejam doentes e não sabem. Assim como eu não sabia.
Eu não sei o nome dessa doença. Mas eu sei que a maioria da população sofre dela.
É a doença de pensar.
Pensar demais.
Pensar sem parar.
Talvez você ache que é normal. Que é assim mesmo. E que somos seres racionais.
Mas da forma como utilizamos a mente nos tornamos doentes.
E eu sei que é preciso parar.
Porque coisas incríveis acontecem na minha vida somente quando eu dou um tempo nos pensamentos.
E eu me afundo quando penso demais.
Quando você está pensando, não está observando. E quando não observa, não percebe os milagres e as sincronicidades.
Quando se pensa demais, não se percebe o Divino. E aí esquecemos que existe o Divino.
Vivemos nas cidades e nas cidades não existe contemplação.
Mas antes mesmo de conseguir respirar essa alegria, já fui tomado pelos pensamentos e pelas preocupações das tarefas relacionadas a esse livro.
Antes de sequer comemorar fiquei pensando em todos os livros que precisava enviar pelo correio. Precisava organizar a logísitca, comprar mais envelopes, assinar os livros que prometi enviar assinados, imprimir as notas, etiquetas, colocar no correio, atualizar a planilha…ahhh quanta coisa!
Aí veio a Ana Carolina Guedes e fez o que ela sempre faz. Me salvou de mim mesmo e me mostrou a beleza da vida.
“Você não acha que temos que celebrar antes de mergulhar nessas coisas práticas? Você está lançando...
12 ferramentas para te ajudar na sua evolução ~ Gustavo Tanaka
2016-12-16
12 ferramentas para te ajudar na sua evolução.
Por Gustavo Tanaka
15 de dezembro de 2016
Vivemos um momento muito especial no planeta. Eu gosto de dizer que “Há algo de grandioso acontecendo” Nos últimos meses, decidi saltar sem para quedas e me jogar na minha busca por libertação. Eu tenho muitas amarras. Muitas crenças limitantes. Muitos padrões que se repetem e me fazem ter os mesmos comportamentos repetidamente. Eu tenho consciência de alguns desses padrões, mas a maioria está num nível que eu não consigo acessar racionalmente. Por isso, passei a recorrer a diferentes terapias, ferramentas, técnicas e práticas. Elas me ajudaram a me reprogramar, começar a pensar diferente, liberar emoções presas e fazer minha energia circular de uma forma diferente. Elas expandem minha consciência e me fazem dar saltos quânticos no meu crescimento. Enquanto escrevo, minhas crenças voltam a me chamar e o medo de ser julgado ameaça bater. Mas eu estou me libertando disso. Então escrevo mesmo assim. Não sou especialista em nenhuma delas. Apenas compartilho minha experiência como usuário
1 — Constelação Familiar Eu já andei falando algumas vezes sobre isso. Para mim, uma das ferramentas mais completas que conheci. Nós somos influenciados por todas as nossas...
Superlua cheia, final de ano, final de ciclo, eleições, clima político instável, 11/11.
O que siginfica tudo isso? Sinceramente, não sei. Essas são explicações que dou pra mim mesmo pra tentar acalmar minha mente racional que pede respostas.
O fato é que os últimos dias mexeram demais com as emoções de muita gente.
Meu corpo sente.
Somos feitos de água e minhas águas viram maremoto com tantas mudanças.
No começo eu resisto. Eu sempre fujo do choro e tento trancar as portas por onde saem as lágrimas.
Mas eu sofro quando faço isso. E meu peito grita.
Então eu solto. E quando eu solto, as emoções vazam.
Às vezes eu falo coisas que não queria falar. Eu brigo com pessoas que eu amo. Eu machuco pessoas que nunca queria ferir. Eu me arrependo. Aí eu me culpo. E sofro mais um pouco.
E depois eu me perdôo. Eu vejo que estou no caminho. Estou tentando me curar. Estou tentando me libertar.
Por que tenho tanta dificuldade de dizer “eu te amo”?
Onde foi que esse bloqueio nasceu?
Eu faço da minha vida o meu caminho de libertação.
Quero ser livre.
Livre para ser quem eu sou de verdade.
Livre para me expressar como tenho vontade.
E uma das dificuldades que tenho é a de expressar amor.
Sei que muitos aqui também têm. E por isso escrevo esse texto.
Porque não devemos desistir.
Não podemos aceitar não conseguir expressar o que existe de maior dentro de nós.
Quando não consigo expressar amor, não consigo expressar quem eu sou.
Porque sou amor.
Eu sinto isso. Mas não sei colocar pra fora.
Existem cascas em volta do meu coração.
Essas cascas foram criadas por mim mesmo. Para me proteger.
Para não me machucar. Para sentir menos dor. Para sentir menos vergonha. Para evitar de me sentir rejeitado.
Sinto amor pelos meus pais, mas não expresso direito. Talvez porque tenho medo de não receber de volta. Como se isso fosse possível, tendo pais que me amam incondicionalmente.
Sinto amor pela minha companheira, mas não expresso...
Existia um monstro dentro de mim. Um não. Alguns. Tá bom, eram vários. Esses monstros eram os assuntos não resolvidos do passado. Eles me deixavam preso. Bastava eu começar a pensar em algum desses assuntos que me sentia sufocado. Vinha um frio na espinha. Meu coração acelerava. E não era possível falar sobre isso. Minha voz travava. Eu perdia segurança na fala. Gaguejava. Meu olhar ficava baixo. Eu tinha vergonha de mim mesmo. Vergonha do meu passado. Mais que vergonha, era um bloqueio. Era um medo de acessar uma parte de mim que ainda não tinha sido resolvida. Uma ferida ainda não curada. Doía só de olhar. Mas eu olhei mesmo assim. Tomei coragem e falei sobre isso. E aquele bloqueio dissolveu. Depois eu pude falar a segunda vez com mais naturalidade ainda. Eu fiz isso não apenas com um bloqueio, mas com vários. Falar sobre o passado liberta. Guardar segredo nos condena. Fingir que não aconteceu cria uma dor eterna. Trazer luz à sombra dissolve. Nos sentimos livres. E liberamos o fluxo de energia que estava estancado ali. Eu tenho certeza que você tem esses assuntos tabus do...
O medo é o que nos impede de sermos que somos de verdade. Temos muito medo. Medo de morrer, de ficarmos sozinhos, da crítica, do julgamento, de “dar errado”, de perdermos dinheiro, de falhar, de decepcionar os nossos pais, de altura, de andar na rua, de dirigir… São muitos medos. E é natural que a gente sinta medo, afinal de contas, vivemos num ambiente hostil. Tudo que nos cerca nos coloca no medo. Você liga a televisão e em poucos minutos sente medo. Crise, crimes, violência, roubo, demissões, falências. Você conversa com seus pais e eles têm medo que você arrisque. Seus amigos têm medo que você mude. O tempo inteiro estamos nos protegendo. Tentamos ter segurança. Queremos estabilidade. Mas isso é impossível. A vida é instável. O mundo é instável. Tudo muda o tempo inteiro. Apenas achamos que estamos no controle. Mas na verdade não temos controle de nada. Temos apego e achamos que as coisas são nossas. Mas nada é nosso. A posse é uma ilusão. Você não é dono de ninguém e de nada. Tudo é impermanente. Ao se libertar do medo, você ganha liberdade....
Eu acordei assustado. Achei que já era manhã, mas ainda estava escuro. Era madrugada. Estava acelerado. Minha mente começou a trabalhar. Eu pensava muito. E de repente me vi com medo. Um medo que eu não reconhecia. Nunca havia sentido. Eu estava com medo de morrer. “Será que vou morrer hoje?” “Vou pegar estrada amanhã, será que vai acontecer alguma coisa?” Eu entrei numa paranóia. E aí depois outros medos começaram a vir. Medo de perder minha namorada. Medo de ficar sozinho. Medo de perder meus pais. Medo de perder meus amigos. Medo de ficar doente. Medo de ficar paralisado. Medo de perder dinheiro. Medo de passar fome. Medo de não ter onde morar. Medo de perder o respeito das pessoas. Medo de perder oportunidades. Medo de perder tudo o que eu já havia conquistado. Medo de perder a vida. Eu fiquei nesse lugar por vários minutos. Que na verdade pareciam várias horas. No começo eu tentei fugir. Tentei não pensar naquilo. Tentei ter pensamentos positivos. Mas então resolvi aceitar e olhar para esses medos. O que eles queriam me mostrar? “O que tem pra aprender aqui?”...
Eu estava trabalhando mas não conseguia me concentrar. Estava em casa. Sozinho. Na frente do computador. Eu tentava me concentrar mas não conseguia ordenar meus pensamentos. Eu sentia um vulcão dentro do meu peito. Na verdade não sabia se era um vulcão, um maremoto, ou um furacão. Só sabia que tinha alguma coisa dentro de mim que precisava ser olhada. Era como se meu peito gritasse por atenção. Eram emoções e sentimentos. Eu tentei fugir deles. Tentei ignorá-los. Tentei fingir que nada estava acontecendo. Tentei focar na minha produtividade. Coloquei um fone de ouvido pra ver se eu parava de escutar. Mas quanto mais eu ignorava, mais forte ficava. Aí e não aguentei mais. Levantei da cadeira. Coloquei mantras no som. Deitei no chão. Fechei os olhos. Voltei minha atenção pra dentro. E comecei a chorar. Foram alguns minutos. E aí eu senti um alívio. Às vezes só o que a gente precisa é dar uma choradinha. Minha amiga Paula Belleza me falou isso uma vez e eu sempre penso muito nisso toda vez que tenho vontade de chorar. O choro é uma espécie de descarga. É...
Vontade de ir viver no mato. Longe das pessoas. Longe da sociedade.
Às vezes tenho vontade de ficar em casa e nunca mais sair.
Tem dias que quero viver sozinho e não me relacionar nunca mais.
Na minha casa eu consigo manter minha sanidade. Em casa eu cuido da minha energia e tudo fica mais fácil.
Tem dia que basta abrir a porta para começar a deixar a vida mais complicada.
Mas a grande verdade é que não dá pra viver assim. Precisamos dos outros.
Por que precisamos dos outros?
Porque você não consegue ser você sem os outros.
Você precisa das outras pessoas porque elas te lembram de quem você é.
E você veio aqui para ser você.
Como as pessoas te lembram de quem você é?
1. Pessoas que te fazem se sentir bem
Existem pessoas que te fazem se sentir especial. Que te fazem se sentir importante e sentir que você é querido. Seus amigos, seus familiares mais queridos e a pessoa com quem você vive um relacionamento...
Estava o tempo inteiro evitando situações que me trouxessem esse desconforto.
E nos últimos meses sinto que comecei a fazer o oposto disso.
Eu passei a buscar a dor. Eu passei a olhar para tudo o que me incomodava e comecei a mergulhar na minha dor. Para entender como funcionava. Para entender como parar de sentir dor.
Parece papo de maluco, mas a verdade é que procurei a dor para parar de sentir dor.
A dor me trouxe ensinamentos. Eu sentia que estava me libertando de muito sofrimento guardado por muitos anos dentro de mim.
E aí aconteceu um negócios esquisito.
Eu entrei num comportamento automático e buscar dor. Sem saber. Sem ter consciência disso.
Inconsciementemente eu buscava situações que me causassem dor porque assim eu iria aprender e evoluir.
É como se eu tivesse aceitado que somente poderia evoluir com dor.
De fato, a dor traz aprendizados. Mas não precisamos disso para evoluir. A evolução pode ser mais leve, fácil e divertida.
Hoje eu entendo a dor como o sentimento de desconforto que...
O que você acha que precisa fazer x O que você quer fazer. ~ Gustavo Tanaka.
2016-08-16
O que você acha que precisa fazer x O que você quer fazer.
Por Gustavo Tanaka
15 de agosto de 2016.
É uma armadilha.
E eu caio nela o tempo todo.
Basta eu sair do estado de presença. Basta eu me desconectar.
E aí eu entro num ciclo de pensamentos loucos.
Eu fico pensando em tudo o que tenho que fazer.
Mensagens a responder, materiais a entregar, decisões a tomar, escolhas a fazer, arrumar a casa, organizar coisas, organizar coisas e organizar coisas.
Tem dias que parece que minha vida é organizar coisas e tirar coisas da frente.
E aí eu entro numa sequência de tentar tirar coisas da frente todos os dias.
E sem me dar conta, minha vida fica ruim.
Fica ruim por um motivo muito simples.
Eu não estou fazendo o que quero fazer. Estou apenas fazendo o que eu acho que tenho que fazer.
E essa é a receita para a tristeza.
Quando você não faz o que quer fazer, você não alimenta a sua alma.
Quando você não faz o que quer fazer, você não sente alegria genuína.
Quando não sente alegria genuína, não consegue sentir gratidão.
Durante muitos anos essa foi minha maior dificuldade.
Ainda hoje eu sofro com isso. Bem menos que antes, mas ainda sinto.
Uma coisa que quase ninguém sabe sobre mim é que quando eu era mais novo, eu era gago.
Não completamente gago, mas tinha dificuldade na fala. Gaguejava demais e muitas vezes ficava travado.
Isso me fazia ter vergonha de falar.
Tinha medo de começar a falar e não conseguir terminar.
Eu fui desenvolvendo as minhas técnicas para gaguejar menos. Pensar em tudo o que falaria antes de falar, mudar as palavras que eu travava com mais frequência ou falar o mais rápido possível para me livrar logo.
Hoje, já livre dessa dificuldade, eu vejo e ainda sinto o peso de não conseguir colocar para fora aquilo que você tem dentro.
Quando você quer falar e não fala, a energia fica presa e não se manifesta.
Isso deixa uma massa densa dentro do peito. Dá angústia, aflição e a não expressão se transforma em frustração e tristeza.
Eu lembro quantas vezes deixei de fazer perguntas na sala de aula, quantas vezes deixei de participar de uma roda de...
Aquilo que emerge de dentro de você ~ Gustavo Tanaka.
2016-08-12
Aquilo que emerge de dentro de você.
Por Gustavo Tanaka.
Existe uma força muito grande que você pode acessar.
Ela não está nos livros e você não encontra em nenhum lugar.
Não existe fórmula do sucesso para encontrá-la. Não existe ninguém que possa te ajudar a encontrar.
Essa força é o que emerge de dentro de você.
Nesse exato momento, enquanto você lê essas palavras, ela está tentando emergir.
O problema é que a gente desaprendeu a escutar.
A gente lê um livro, e é como se recebêssemos um download de informações que enche a memória do nosso computador.
A gente conversa com pessoas e elas nos apontam o caminho errado. Talvez o caminho que fez sentido para elas. Mas que provavelmente não é o nosso.
Essa força não precisa de esforço para ser acessada.
Ela já está querendo sair.
Precisamos deixar sair.
Algumas pessoas sentem essa força querendo sair de dentro do estômago. Outras sentem no coração. Tem gente que ouve uma voz na cabeça. Outros tem apenas uma sensação e não sabem exatamente de onde vem.
Mas o fato é que todo mundo tem isso que está querendo emergir.
Até que comecei a perceber. Ou melhor, me fizeram perceber.
Sempre que me colocam na parede, eu começo a me justificar.
Sempre que me criticam, eu tento me defender.
Sempre que fico desconfortável, eu conto uma história para mim mesmo.
Uma história que justifique porque faço o que estou fazendo.
Uma história para eu provar pra mim mesmo que estou certo.
E por que eu faço isso?
Porque às vezes o ponto de vista contrário dói.
Porque às vezes escutar um lado diferente machuca.
Porque saber que ferimos outra pessoa incomoda.
E ao invés de olhar para dentro e entender o que podemos mudar para fazer diferente da próxima vez, eu me justifico, pra continuar fazendo do mesmo jeito.
Porque é mais confortável fazer sempre do mesmo jeito.
É mais eficiente. Afinal, eu já sei como fazer.
Mas a evolução somente acontece no desconforto.
A mudança só acontece quando a gente aceita que talvez tenhamos que fazer diferente.
Talvez a gente tenha que começar a se comportar de outra maneira.
Eu já entendi que somos todos um. Que não estamos separados. E que o outro é parte de mim.
E talvez por isso eu tenha dificuldade de ficar em paz e feliz por muito tempo.
Porque é difícil ficar feliz quando você vê gente que não está.
Às vezes bate até uma culpa.
Talvez você tenha tido um dia incrível. Talvez tenha saído pro mundo e visto coisas especiais. Tenha se relacionado com pessoas que te mostraram que vale a pena viver. Que o mundo é um lugar legal.
E aí, como uma criança que chega em casa para contar aos seus pais o que viu no mundo, você quer contar às pessoas mais próximas de você.
Mas aí você se decepciona. Porque essas pessoas não conseguiram ver a mesma coisa que você. E elas têm as suas preocupações. Talvez elas estejam em um loop de pensamentos negativos.
Enquanto sua espiral estava subindo, a deles estava descendo.
E você fica triste porque não foi apoiado. Porque não foi compreendido.
E o resultado disso é que você não consegue ficar...