Ainda sobre renúncia.
Ouvindo uma banda que eu amo, Sleeping at Last, a seguinte frase saltou aos meus ouvidos:
“Show me where my armour ends
(Mostre-me onde a minha armadura termina)
Show me where my skin begins”
(Mostre-me onde a minha pele começa)
Toda a nossa reatividade é uma armadura.
Toda a nossa insegurança é uma armadura.
Todos os nossos complexos são uma armadura.
Toda a nossa agressividade é uma armadura.
Até mesmo o nosso excesso de prestatividade pode ser uma armadura.
O que estamos querendo proteger? O que é isso que o ego tenta, incessantemente, manter oculto? Qual é a dor que estamos evitando a todo custo? As pessoas são confiáveis? Será que eu suportaria, novamente, a dor da decepção?
Em vez de, simplesmente, reconhecermos que somos vulneráveis e que desejamos ardentemente amar e ser amados, preferimos carregar o peso da armadura.
Sofremos por medo de sofrer.
Relacionamento após relacionamento, zero conexão. Insegurança, ansiedade, exigências, reivindicações, garantias.
Dói.
Desgasta.
Anestesiamos.
Só queremos que o dia passe....