As forças do RECEBER/TER na primeira e do DAR/SER na segunda metade da vida
2022-05-13
As forças do RECEBER/TER na primeira e do DAR/SER na segunda metade da vida
Por Dulcineia Santos
Publicado a 13 de maio de 2022
As forças do RECEBER/TER na primeira e do DAR/SER na segunda metade da vida
Para a antroposofia, a partir dos 35 anos a gente muda da fase do “ter” para a do “ser”, ou da fase do “receber” para a de “dar”, devolvendo um pouco daquilo que recebemos.
Na nossa juventude, recebemos uma casa para morar, conhecimento (primeiro na escola, depois de um mentor, como um chefe) e temos uma memória melhor. Até mesmo os relacionamentos (sejam amorosos ou não) acontecem de forma muito mais fluida: é mais fácil fazer amigos e encontrar parceiros quando se é mais novo.
Depois, a partir dos 35, aquilo que antes era força física começa a ser metamorfoseado em força moral, como sabedoria e ética.
Nessa fase da vida, somos impulsionados por dentro, ou seja, apenas aquilo que achamos relevante é que nos move. As motivações extrínsecas são normalmente ignoradas e até consideradas invasivas.
Outra coisa que acontece na segunda metade da vida é que transformamos crítica externa em autocrítica. Conseguimos compreender...
Querido, o desenrolar da sua jornada está sempre servindo a você.
Se você está em uma calmaria é porque está em uma fase que exige que você descanse, receba e se integre.
Se está em um movimento de avanço rápido, está experimentando o próximo nível que se abriu para você devido ao trabalho que realizou no período de calmaria.
Um serve ao outro e ambos servem a você, sempre.
Portanto, em vez de ir direto para a resistência à fase em que você se encontra, por que não começar a se perguntar: qual é o propósito desta fase e como ela está me servindo?
Isso trará muito mais conforto ao seu momento presente e permitirá que você colha os presentes inerentes de onde está com muito mais graça e facilidade.
Para uns tem um significado para outros tem outro. Todavia não se vê muito avanço em lidar com essa parte que se torna inerente a nosso ser.
Coitado do Ego, é demonizado. Primeiro demonizamos o corpo, agora é a vez do Ego.
O Ego age como deve agir. Sou Eu que devo agir diferente, aprendendo a discernir o que cabe a cada parte de meu ser cuidar.
Eu sou um ser em fase de crescimento, vamos assim dizer. Carrego costumes de uma fase anterior. Uma fase mais simples, na qual eu não precisava me preocupar muito, e um ser maior cuidava de todas as escolhas para mim. Como na infância. Sim, podemos dizer que nós hoje estamos na nossa adolescência, na pré-adolescência. A fase anterior foi a infância, mais simples, sem grandes responsabilidades. Hoje tudo muda, ganhamos novas capacidades, nosso comportamento passa a mudar, o mundo passa a ser visto com novos olhos. Sim, a consciência expande e passamos a entender coisas que antes nem dávamos...