Pensa demais. Já ouviu isso antes. Lembra-se também de demasiado. Confiam nas vossas memórias. Armazenam-nas e contam-nas como notas de dez. Reunimo-las, e pensamos que elas nos mantêm unidos. As memórias são apenas cordelinhos do passado. São uma decoração. Não são a substância de si. São imateriais para si. Mas pensa-se que, de alguma forma, elas somam-se a si, são equivalentes, são reveladoras, são importantes.
Cada recordação sua é uma gota no balde, e somadas, tornam o balde pesado para você carregar. Não é útil para si carregar o balde das suas memórias e sentar-se de vez em quando para as examinar e suspirar de remorso, inveja, adoração, orgulho, tristeza por aquilo que parecia ter acontecido há tanto tempo.
Quanto mais velha é a memória, mais querida ela se torna. Quanto mais longe, mais preciosa se torna.
Estas são pequenas recordações que se carregam, e que se tornam grandes.
Há uma memória maior que se esquece e se esquece uma e outra vez, e essa é a sua memória da Verdade. Ficamos presos...