Um dos Meus queridos filhos perguntou porque é que se acredita em mentiras. Porque é que se acredita em mentiras sobre a verdade? Todos acreditaram na verdade uma ou outra vez, tal como todos - digo todos mas talvez não vós - acreditaram nas suas próprias mentiras ou semi-crenças e começaram eles próprios a acreditar nelas.
Porque é que os meus santos e amados filhos se agarram frequentemente mais às mentiras do que à verdade?
A questão mais profunda é: Porque é que existem mentiras? Porque é que uma criança que é Minha recorre à mentira? Porque receia precisar de o fazer?
Direi que as mentiras são muitas vezes ditas, mentiras que podem ser, porque estão mais próximas da verdade. Mesmo quando os factos são deturpados, eles representam uma verdade maior. Isto que digo não é para endossar a mentira, mas para revelar o bem por detrás até mesmo das mentiras e até mesmo das mentiras que são dirigidas directamente ao seu coração.
Ao mentir, retrata-se a si próprio como gostaria de ser e gostaria de...
Qual é a sensação de libertar todo o nosso apego à vitimização? É talvez inimaginável para nós realizarmos uma verdadeira liberdade de quaisquer restrições no tempo e no espaço, mas é a nossa realidade natural. Somos a nossa pura presença de consciência, ilimitada em todos os sentidos e capaz de ser qualquer tipo de entidade em qualquer dimensão com quaisquer poderes que desejemos incutir. No nosso estatuto actual como seres humanos na Terra, não podíamos acreditar que tal fosse possível, devido às nossas limitações auto-impostas, que estão profundamente inseridas na consciência da nossa espécie. O poder das nossas crenças de limitação, enquanto as tivermos, restringe-nos dentro dos seus limites. O nosso nível vibratório atrai circunstâncias e encontros que ressoam no mesmo nível, criando experiências abaixo do nível de mestria.
É muito difícil para as pessoas que trabalharam arduamente durante muito tempo acumularem algo, para depois se deixarem desprender à sua realização. Mas é o apego que impede uma maior expansão. Enquanto acreditarmos na falta de alguma coisa, criamos a sua experiência nas nossas vidas. O desafio é resolver as nossas crenças, transformando...
Luísa, minha filha, a segunda da ninhada de três gatinhas, colecionava papéis de bombons, organizados tanto quanto ela, virginiana.
As embalagens esticadíssimas, coladas em papel sulfite, escorregavam dentro dos plásticos transparentes e ali ficavam, presas pela ferragem prata em uma pasta catálogo preta com a capa e a contracapa decoradas.
Até outro bombom ser degustado.
Vejo a pasta dela separada entre outras coisas para doação descartada do armário. Ela, crescida e adolescente, diz que não sente mais vontade de colecionar.
Puxa, filha, tanto trabalho para juntar essas embalagens lindas e a coisa termina assim?
Sem nenhuma mordidinha em um último bombom de despedida?
O amor é complexo, enigmático, e tem diferentes formas, por isso, é um dos temas que mais evito. Apesar de seus tantos arquétipos, muitos não sabem a diferença de quando realmente estão tomados por este estado, ou se o que sentem não passa de apego; sentimento oriundo de uma carência emocional crônica.
A sensação de possuir, ou ter controle sobre algo, nos coloca à mercê daquilo. É próprio do ser humano não suportar a perda do que fora conquistado, pois faz parte da manutenção da nossa dignidade. Enio Burgos, o autor do livro “Medicina Interior”, afirma que as pessoas com perfil apegado têm mais probabilidade de terem emoções desequilibradas e prejudiciais ao corpo e à mente. Quando estamos apegados a algo, podemos apresentar sintomas como ansiedade ou depressão, seja por medo de perder, ou por termos perdido e não soubemos lidar com isso. Já as pessoas desapegadas estão sempre em harmonia, pois conhecem a sua verdadeira essência e sabem que a possibilidade de perder algo ou se distanciar de alguém não vai mudar a...