Oconhecimento nas mãos certas, isto é, em posse de um sábio gera vida, gera encantamento, segurança e credibilidade. No entanto, o sábio cora suas palavras e jamais abandona a humanidade. O sábio jamais se finaliza em uma verdade última, pelo contrário, continua investindo em conhecimento de sorte que a cada novo passo sobre o oceano do conhecimento, percebe-se o quanto de coisas não se sabia e precisa avançar nas pesquisas e estudos para se explorar novos mundos, novas realidades, enfim, universos infinitos no caminho de um sábio que dedica sua vida para estudar, um verdadeiro sacerdócio acadêmico. A LITERATURA faz seu papel fundamental no processo da sabedoria, porquanto o livro pode mudar a vida do homem em seu turno enquanto vida.
É triste vermos pessoas perdendo seu precioso tempo, sua única vida, toda ela perdida na mediocridade de uma existência vazia, dentro do espaço de um vazio existencial. Óbvio que muitos não tiveram condições de estudar, isso é um outro assunto muito grave que afeta milhões de pessoas pelo mundo e precisa ser debatido...
A priori, quero deixar registrado que o conteúdo presente precisará ser lido e talvez praticado a partir da sua concordância quanto ao texto. Estamos em um mundo materialista e individualista, bem como cheio de paixões e preconceitos.
Quase ninguém abre mão de um milímetro para o diálogo. Vivem presos em suas convicções. A proposta aqui é ampliar sua consciência de mundo de uma forma experimental. Deixe de lado um pouco suas paixões, convicções e achismos carregados de uma defesa agressiva. É preciso ultrapassar as fronteiras do conhecimento, esvaziar a mente das preocupações.
O mundo que desejo é um mundo onde exista o respeito recíproco, onde a compreensão se empregue em nossa consciência de sorte que tenhamos a capacidade de respeitar o nosso próximo, uma vez que ele é uma outra energia, um outro universo, onde dentro das próprias experiências se organiza e se posiciona da forma pela qual é observado hoje.
Enfim, o mundo que desejo ver é o direito de deixar o outro falar, ainda que eu não concorde, é direito dele...
Aos amigos leitores, hoje trago como tema “Nietzsche como Decisão: A Interpretação de Heidegger da Sentença Nietzschiana ‘Deus Está Morto’”.
Quando Heidegger elege Nietzsche para pensar o sentido do(e) ser, ele o toma como decisão. Mas o que significa aqui decisão? Ora, em Nietzsche, e por meio dele, segundo Heidegger, opera o que de mais fundamental acontece na história do Ocidente, a saber,
o esgotamento da metafísica. Para Nietzsche, o âmbito fundamental, responsável pelo sentido dado à “vida”, se exauriu. E isso é anunciado na sentença nietzschiana “Deus está morto”.
Mas o que significa essa sentença? E por que Heidegger a toma enquanto decisão? O que Heidegger quer experimentar no pensamento de Nietzsche? Pois bem, as respostas a essas questões encaminharão os objetivos do presente artigo. Parto do pressuposto de que a leitura heideggeriana de Nietzsche, embora seja uma acusação de que o mesmo seja ainda um filósofo metafísico, é também uma leitura de apropriação. Quer dizer, quando Heidegger lê Nietzsche, ele se apropria de elementos importantes do seu pensamento, sobretudo o que Nietzsche entende por tempo. E...