Ao voltar, o que encontrou?
Por Ivete Costa.
18 de setembrp de 2020.
Encontrou um campo abandonado. A cerca quebrada, as plantas pálidas, esquálidas, sedentas, ressequidas. As flores despetaladas, entristecidas. As ervas daninhas, dominaram o campo, robustas, comandando e devorando a beleza de outrora.
A maçaneta da porta de entrada, enferrujada, dependurada numa porta descuidada, desbotada pelo tempo, abandono e desamparo. Há quanto tempo não venho aqui? O que irão pensar de mim? Quantas vezes esse pensamento a paralisou: “Todos acham que eu sou um fracasso”. E, na maioria das vezes, não havia certificação desses pensamentos, mas, ainda assim, era suficiente para desmobilizar, enfraquecer, desmotivar, abandonar o caminho. Sacode a cabeça, avisando a esse pensamento que, ainda que esteja presente, não representa, nesse momento, motivo de desistência. Algum pesar, quando, rapidamente, memórias pululam trazendo memórias de desistências. Momento de batalha entre o que foi e o que decide vir a ser. Relembra dos motivos de estar aqui e agora, de toda a preparação para esse momento, da convicção e determinação que trouxe consigo. Olha para o Alto e sabe que não está só. Olha para dentro e reconhece a força interior que a...