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Existirmos: a que será que se destina?

2022-02-14

   

Existirmos: a que será que se destina?

Por Conceição Castelo Branco

Publicado a 14 de fevereiro de 2022

 
 
 
 
Esta estrofe inicial da música “Cajuína”, de autoria de Caetano Veloso, encerra uma questão essencial à trajetória do homem no mundo. Os filósofos gregos, em especial Aristóteles, e, posteriormente, São Tomás de Aquino, consideravam que todos os seres existem em estado de potência e ato, isto é, trazem consigo as condições de virem a ser. Trazem em si mesmos uma essência predeterminada que pode vir a realizar-se , segundo o fim que lhes é inerente. Por exemplo, uma semente traz, potencialmente, a capacidade de transformar-se numa árvore, uma criança tem em si a potência de ser um adulto. Assim, segundo essa concepção, o ser humano tem uma essência abstrata e universal que o distingue de todos os demais seres: o homem é um animal racional. Tal essência realiza-se, ou melhor, transforma-se em ato pela ação individual de cada ser humano.
 
Fazendo contraponto à concepção essencialista, o existencialismo do século XIX nega que a ação humana seja predeterminada por essa essência abstrata e universal, afirmando que a existência precede a essência. Isso significa dizer que o...
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Tags: conceicao castelo branco, destino, dimensao, existencia, existencial, plano de vida, proposito, proposito de vida, reflexao, sentido da vida, vida


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