Escrevendo a minha história
Por Talita Rebello
4 de agosto de 2017
Há uma semana assisti a uma palestra sobre um centro de cura na Serra do Roncador.
Em um dos momentos o palestrante, Sr. Dalvan, falou: "Mundo dos mortos é esse aqui, o outro que é o dos vivos. Aqui deixamos esse corpinho que vai se decompor e seguimos viagem.
Fez muito sentido para mim.
Aqui, onde tudo é intenso, onde tudo é denso e as ondas caminham mais lentamente, vivemos o paradoxo do tempo: ele passa rápido quando não deve e passa devagar quando gostaríamos que acelerasse.
Passam as horas, os dias, os meses... e a gente sempre esperando pelo amanhã, quando, então, faremos o que nos deixa felizes.
A ilusão do tempo. A ilusão do amanhã. A ilusão de que temos que chegar a algum lugar.
Fugimos do prazer, com medo da dor.
Enquanto isso, acontece a vida.
O caminho floresce e se enfeita para ser notado, mas nós não nos permitimos fruí-lo, pois ainda não chegamos onde queremos ou porque a bênção que se apresenta não é exatamente o que imaginávamos....