2016.
Ano 9. Ano fiel que cumpriu todas as suas promessas.
Não houve o que não fosse chacoalhado. Nada restou intacto, sem ser visto, sem ser questionado. Tudo foi trazido à luz da consciência. Tudo ruiu.
O mundo atingiu a nota máxima no conceito caos. Nós também.
Os grandes escândalos nos fizeram enxergar os nossos próprios erros, as nossas incoerências, as nossas desculpas para agir em desconformidade com o discurso que tão alto propagamos. Não era mais possível fazer vista grossa à nossa própria hipocrisia.
Sentimos as dores dos filhos das guerras e, em nosso microcosmo, enfrentamos o corpo emocional de todas as dores que, durante a vida, racionalizamos em vez de sentir.
Demonstramos toda a nossa compaixão nas grandes catástrofes, o que nos permitiu enxergar com mais amor e gratidão o caminho escolhido, o momento presente e as bênçãos que, diariamente, recebemos – ainda que camufladas de dor.
Aprendemos sobre responsabilidade, sobre ser soberano: senhor da própria vida, das próprias escolhas (sejam elas quais forem). Estamos deixando de lado a vitimização, estamos...