Durante anos, do Mali ao Afeganistão, trabalhei pela paz e arrisquei minha vida por ela. Não se trata, portanto, de justificar a guerra, mas de compreender o que nos levou a ela. Vejo que os “especialistas” que se revezam nos aparelhos de televisão analisam a situação com base em informações duvidosas, na maioria das vezes hipóteses transformadas em fatos, [na maioria das vezes mera propaganda] e por isso não conseguimos mais entender o que está acontecendo na Ucrânia. É assim que você cria pânico.
PARTE UM: O CAMINHO PARA A GUERRA
O problema não é tanto quem está certo neste conflito, mas como nossos líderes tomam suas decisões. Tentemos examinar as raízes do conflito na Ucrânia. Começa com aqueles que nos últimos oito anos têm falado conosco sobre “separatistas” ou “independentes” do Donbass. Está errado. Os referendos realizados pelas duas autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Lugansk em maio de 2014 não foram referendos de “independência” (независимость), como alguns jornalistas [pro$tituta$] inescrupulosos alegaram, mas “autodeterminação” ou “autonomia” (самостоятельность).
O termo “pró-russo” sugere que a Rússia...