A VERDADE LIBERTAR-NOS-Á

Condenados à liberdade ~ Talita Rebello

2018-04-11



 

Condenados à liberdade

Talita Rebello

10 de abril de 2018

 
 
 
 
 
 
 
Dias atrás, em um programa de rádio, foi trazido o conceito da “Má-Fé de Sartre”.
 
 
Tão atual!
 
 
Jean-Paul Sartre chamava de má-fé as mentiras que contamos a nós mesmos para nos livrarmos da angústia da liberdade.
 
 
Explico.
 
 
Dizia ele que, a todo momento, somos senhores de nossas escolhas, somos o resultado de nossas ações. Segundo ele, estamos “condenados à liberdade” – o que seria angustiante, porque liberdade presume responsabilidade.
 
 
Para ele, todo o resto seria um mero pretexto ou uma justificativa na qual preferimos acreditar para calar a vergonha de não termos feito melhores escolhas, para sufocar o medo de tomar atitudes.
 
 
A nossa liberdade de autodeterminação seria absoluta, apenas fantasiosamente afastada em virtude de crenças equivocadas, como a do determinismo e a do fatalismo.
 
 
Como se buscássemos crenças convenientes e confortáveis que nos libertassem da liberdade, mas, no fundo, sabemos que a nossa vida poderia ser muito diferente, caso tivéssemos tomado melhores decisões.
 
 
Na vida, não há o que nos salve de escolher. Desgostando do...
[More]

Tags: jean-paul sartre, liberdade, talita rebello


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Condenados à liberdade ~ Talita Rebello

2018-04-11



 

Condenados à liberdade

Talita Rebello

10 de abril de 2018

 
 
 
 
 
 
 
Dias atrás, em um programa de rádio, foi trazido o conceito da “Má-Fé de Sartre”.
 
 
Tão atual!
 
 
Jean-Paul Sartre chamava de má-fé as mentiras que contamos a nós mesmos para nos livrarmos da angústia da liberdade.
 
 
Explico.
 
 
Dizia ele que, a todo momento, somos senhores de nossas escolhas, somos o resultado de nossas ações. Segundo ele, estamos “condenados à liberdade” – o que seria angustiante, porque liberdade presume responsabilidade.
 
 
Para ele, todo o resto seria um mero pretexto ou uma justificativa na qual preferimos acreditar para calar a vergonha de não termos feito melhores escolhas, para sufocar o medo de tomar atitudes.
 
 
A nossa liberdade de autodeterminação seria absoluta, apenas fantasiosamente afastada em virtude de crenças equivocadas, como a do determinismo e a do fatalismo.
 
 
Como se buscássemos crenças convenientes e confortáveis que nos libertassem da liberdade, mas, no fundo, sabemos que a nossa vida poderia ser muito diferente, caso tivéssemos tomado melhores decisões.
 
 
Na vida, não há o que nos salve de escolher. Desgostando do...
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