Ecos de Nossos Sonhos ~ As Digitais dos deuses ~ Graham Hancock
2019-03-11
Ecos de Nossos Sonhos
As Digitais dos deuses
Por Graham Hancock, livro “AS DIGITAIS DOS DEUSES”, Tradução de Ruy Jungmann, editora Record 2001.
Uma resposta para o mistério das origens e do fim da civilização
Edição e imagens:Thoth3126@protonmail.ch
Em alguns dos mitos mais impressionantes e duradouros que herdamos dos tempos antigos, parece que nossa espécie reteve uma recordação confusa, mas persistente, de uma pavorosa catástrofe global. De onde vem esses mitos? Por que, embora procedam de culturas sem relação entre si, seus temas são tão parecidos? Por que estão imbuídos de um simbolismo comum? E por que falam, com tanta freqüência, dos mesmos personagens e enredos padronizados? Se são realmente memórias, por que não existem registros históricos das catástrofes planetárias a que parecem aludir? Poderia acontecer que os próprios mitos sejam registros históricos? Poderia acontecer que essas histórias interessantes e imortais, compostas por gênios anônimos, tenham sido o meio usado para conservar informações desse tipo e transmiti-las ao longo do tempo, antes que começasse a história documentada?
Estou no sul do Peru, voando por cima das linhas de Nazca. Acreditem em mim, depois da baleia e do macaco, o beija-flor aparece, bate as asas e estende o bico delicado para uma flor imaginária. Em seguida, fazemos uma volta fechada para a direita, perseguidos por nossa própria minúscula sombra, enquanto cruzamos a cicatriz pálida da rodovia Pan-Americana e seguimos a trajetória que nos leva por cima da fabulosa “Alcatraz” com pescoço de serpente: uma garça de 270m de comprimento, concebida pela mente de um mestre geômetra. Descrevemos um círculo, cruzamos a estrada pela segunda vez, passamos por um arranjo espantoso de peixes e triângulos desenhados ao lado de um pelicano, viramos para a esquerda e nos descobrimos pairando acima da imagem sublime de um condor gigantesco, com as asas estendidas em um vôo estilizado.
Vimos que o mapa-múndi de Mercátor, datado de 1569, incluía uma representação precisa das costas da Antártida, como deveriam ter parecido há milhares de anos, quando estavam livres de gelo. Curiosamente, esse mesmo mapa é muito menos preciso na representação de outra região, a costa ocidental da América do Sul, do que um mapa anterior (1538) também elaborado por Mercátor.
A razão desse fato parece ser que o geógrafo do século XVI baseou o mapa anterior nas fontes antigas que sabemos que tinha à disposição, ao passo que, no tocante ao mapa mais moderno, confiou em observações e medições dos primeiros exploradores espanhóis da região ocidental da América do Sul. Uma vez que eles supostamente levaram consigo para a Europa as informações mais recentes, dificilmente poderíamos culpar Mercátor por tê-las aceito.
Matthew Stirling, o arquéologo americano que realizou escavações em La Venta na década de 1940, fez no local uma série de descobertas espetaculares. E a mais espetacular foi a Estela do Homem Barbudo. O plano do antigo sítio olmeca, conforme dissemos acima, desenvolve-se ao longo de um eixo que aponta para 8° a oeste do norte. Na extremidade sul do eixo, ergue-se a grande pirâmide em forma de cone canelado, de 25m de altura. Próximo a ela, no nível do chão, havia o que parecia um meio-fio de cerca de 30cm de altura, fechando uma espaçosa área retangular de cerca de um quarto do...
Abandonando Tula na direção sudeste, contornamos a Cidade do México, percorrendo uma série de vias expressas que nos levaram, arrastando-nos, até as bordas da poluição da capital, que faz os olhos lacrimejarem e os pulmões arderem. Prosseguindo na viagem, chegamos às montanhas cobertas de pinheiros, deixando para trás o cume nevado do vulcão Popocatepetl e daí seguindo por pistas orladas de árvores através de campos e fazendas. Em fins da tarde, chegamos a Cholula, uma sonolenta cidadezinha de 11.000 habitantes e espaçosa praça central. Após virar para leste através de ruas estreitas, cruzamos trilhos de estrada de ferro e paramos à sombra da Tlachihualtepetl, a “montanha feita pelo homem”, que era...
As Digitais dos deuses: A Cidade no Portal do Sol ~ Graham Hancock.
2018-04-10
A Cidade no Portal do Sol
CAPÍTULO 10
Por Graham Hancock,
do livro “AS DIGITAIS DOS DEUSES”,
Tradução de Ruy Jungmann,
editora Record 2001.
Edição e imagens: Thoth3126@protonmail.ch
Os primeiros viajantes espanhóis que visitaram a cidade boliviana arruinada de Tiahuanaco à época da conquista ficaram impressionados com o tamanho de seus edifícios e com a atmosfera de mistério que os envolvia. “Perguntei aos nativos se esses edifícios haviam sido construídos nos tempos dos incas”, escreveu o historiador Pedro Cieza de Leon.
“Eles riram ao ouvir a pergunta, declarando que haviam sido levantados muito tempo antes do reinado inca… e que tinham ouvido de seus antepassados que tudo o que ali se via aparecera de repente, no curso de uma única noite…” Outro visitante espanhol do mesmo período registrou uma tradição que dizia que as pedras haviam sido levantadas milagrosamente do chão:
As Digitais dos deuses: Houve, Então, Gigantes? ~ Graham Hancock,
2018-04-04
Livro “AS DIGITAIS dos DEUSES”,
uma resposta para o mistério das origens e do fim da civilização.
Edição e imagens:Thoth3126@protonmail.ch
Pouco depois das 6h da manhã o pequeno trem começou a mover-se com um tranco e iniciou a lenta subida pelas íngremes encostas do vale de Cuzco. Os trilhos, de bitola estreita, haviam sido assentados em uma disposição em forma de Z. Seguimos resfolegando pela linha horizontal mais baixa do primeiro Z, mudamos de marcha e voltamos em um curso oblíquo, mudamos de marcha novamente e seguimos para a frente ao longo da linha superior – e assim por diante, com numerosas paradas e recomeços, seguindo uma rota que por fim nos levou para um ponto muito acima da antiga cidade. As muralhas incas e os palácios coloniais, as ruas estreitas, a catedral de Santo Domingo, vista como que agachada sobre as ruínas do templo de Viracocha, tudo aquilo parecia espectral e surrealista à luz pérola acinzentada do céu matutino.