Cuidando das minhas crianças.
Talita Rebello
26 de setembro de 2017
Eu fecho os olhos e os vejo.
Sinto o peso do corpo deles pendurados nos meu pescoço.
Ouço a voz.
Sinto o cheiro.
Vejo-os como se aqui estivessem.
Vejo a expressão dos seus olhares: inocentes, curiosos, seguros. Quantas possibilidades! Quanta confiança!
Amados em sua expressão mais pura.
Merecedores, dignos, capazes, corajosos, generosos.
Manter a integridade dessa essência (até onde nos for possível) depende de um constante “vigiai” – e não falo, aqui, apenas, dos perigos do mundo (e da nossa falsa sensação de controle).
Falo da nossa postura como pais, das nossas crenças, da nossa energia, dos nossos medos, das nossas culpas, da nossa história e dos nossos padrões familiares.
Não é necessário um profundo conhecimento das obras de Jung ou Freud para ter noção da influência dos pais na psique humana.
Eles nos sentem, eles nos analisam, eles replicam o nosso agir – pouco importa o que falamos.
Por isso são os nossos maiores professores: expõem a nossa...