Passado algumas semanas do ocorrido com a nave de Zarek os preparativos para unificar ambos os grupos estavam devidamente arranjados. Os passeio de assistência aos grupos terrenos e as pequenas cidades também eram constantes. No entanto Shtareer foi notificado por Yasamil de que uma sonda com as características vibracionais da Ordem do Dragão Negro estava se aproximando da orbita de Saturno. Essa informação era muito importante, pois segundo Yasamil através dos impulsos desse satélite seria possível detectar o ponto de origem das transmissões . Como a situação no Sistema Solar estava normal, a sonda iria simplesmente transmitir informações sobre o que captava, estando a nave de Yasamil muito bem camuflada. Shtareer foi de opinião de que deveria apoiar as atividades no espaço, uma vez que já tinha deixado alguns aliados em solo, que ajudariam no processo de resgate e divulgação de seus ensinamentos, Lhana ficara profundamente apaixonada por essa tarefa e preparava um grupo para efetuar os trabalho de cura e ajuda aos grupos mais sofridos. Isso iria com o tempo divulgar sua presença perante os Maldequianos, mas era chegado o momento de oferecer uma resistência pacifica mas aberta às atividades opressoras dos Trakers.

Shtareer não notificou o motivo real de seu afastamento por tempo indeterminado, alegando se tratar de assuntos de suma importância no espaço, mas que em breve estaria de volta, sem no entanto predizer o tempo. Com isso ele e sua tripulação alçaram vôo direto a nave de Yasamil e efetuaram uma conferencia das atitudes e estratégicas de ação.

‘‘ - Pelas informações registradas essa sonda viajou no hiperespaço por um trajeto longo, calculamos pela intensidade das radiações e freqüências no espectrometro, que seu ponto de imersão no hiperespaço foi a cerca de 165 mil anos luz, isso coloca a frota ainda no espaço intergaláctico, além das nuvens de Magalhães.’’ Informava Yasamil ao grupo e em especial ao pessoa de Shtareer.

‘‘ Bom com base nisso eles estão desconfiados, mas resta uma pergunta, pode tratar-se de uma armadilha, eles são bons estrategistas, pode existir a possibilidade que a frota tenha se dividido e esteja aguardando um ataque surpresa.’’ Manifestava Shtareer. Ravena optou por outra colocação, ‘‘ - Não podemos considerar como efetivo que os sacerdotes dessa raça tenham sabido da decisão do Conselho galáctico de enviar um comando temporal. Existe a possibilidade de que eles estejam agindo rotineiramente, com isso existe a possibilidade que eles estejam aguardando a possibilidade de contato com o desconhecido. Eles não sabem ao certo o que vão encontrar aqui.’’

‘‘ - A colocação de Ravena é prática senhores, nós também chegamos meio no escuro aqui, eles por terem menores condições que nosso grupo devem estar querendo saber qual o potencial das atuais civilizações, não sabem até que ponto a psique Maldequiana os receberá e nem a que ponto suas naves navegam pelo espaço.’’ Manifestava um outro membro do comando da nave.

‘‘ - Bom com base nas probabilidades, considero que devemos enviar um comando de caças ao ponto de origem dessas transmissões e verificar o que encontra, em caso de ser a frota, a mesma tem que ser desintegrada, infelizmente não temos outra opção. Nossa nave permanecerá aqui para resguardar o sistema Solar. O que acham da minha idéia ?’’

‘‘ Gostaria de participar desse comando avançado Yasamil, certo que não estou com a minha nave pessoal, mas a que tenho ajudará em muito em um possível combate com as naves inimigas.’’ Propunha Shtareer, o mesmo em suas longas vidas já tinha experiência como piloto nessas situações e missões.

Todos concordaram e definiram que o grupo seria composto de 7 naves Pleiâdianas e a nave de Shtareer e seus andróides. O satélite seria desintegrado 4 minutos após o deslocamento pelo semi-espaço das naves do comando temporal, isso garantiria que a parada de transmissões ocorreria cerca de 3 horas após a chegada do Comando temporal nessas coordenadas. A desintegração seria efetuada por um astérioide errante, o que era comum nas proximidades de planetas com anéis como Saturno, pois possuem muita poeira estelar em suas proximidades.

O pequeno grupo de naves programou suas atividades e opções de ação. O percurso até o ponto de partida dos impulsos poderiam ser vencidos por um salto dimensional de dobra no semi espaço, o que em termos de nossa cronologia, demoraria poucas horas, mas para os tripulantes seriam apenas alguns minutos. Portanto existia nesse tipo de translado espacial um pequeno efeito de dilatação temporal. Outro método que poderia ser empregado seria um vôo por outra constante dimensional, que permitia uma viajem sem dilatação e mais rápida, porém este tipo podia ser detectado por instrumentos de medição da constante gravitacional do cosmos. Como se tratava de uma ação de espionagem teve que ser descartada.

O grupo saiu da orbita solar e se projetou em direção ao espaço sideral na direção das duas nuvens de Magalhães, que são pequenas ilhas além da Via Láctea. O deslocamento pelo semi espaço ocorreu sem incidentes, eles no entanto tomaram o cuidado de efetuar a viagem em 3 etapas de aproximação para analisar cuidadosamente o que lhes esperava. Com isso puderam determinar a presença de uma grande corpo negro nas proximidades da possível frota, esse corpo era uma grande nuvem de poeira estelar com quase 24 milhões de quilômetros de diâmetro. Era portanto um excelente ponto para esconderem-se das telemetrias e verificar o que existia nesse quadrante. A frota deveria encontrar-se a 3 anos luz desse conglomerado de poeira. Essa distância permitira efetuar todas as leituras e registros da realidade dos fatos. Constataram que a Frota possuía 20 naves de grande porte, ou seja, naves com diâmetros de até 25 Km e outras com comprimentos de 16 Km. Eram naves cargueiras e de combate, nessas situação deveriam estar todas equipadas como naves porta naves. Isso significava que o poderio militar dessa pequena frota era assustador e esmagador. Efetuar uma oposição direta ao seu poderio exigiria muita astucia e o efeito surpresa seira o mais importante.

Em termos de tecnologia as naves do comando temporal estavam bem mais adiantadas que do seu oponente, garantindo-lhes superioridade. Além disso os campos de proteção das naves Pleiâdianas possuíam uma estrutura muito mais complexa e eficiente de absorção de energia que as naves da Ordem do Dragão Negro. Isso garantiria uma proteção melhor, mas devido a superioridade numérica e também ao potencial bélico, isso seria insuficiente para protege-los. Os escudos de proteção que as naves do comando temporal utilizavam, eram do tipo de campo de absorção e desvio para o semi espaço, ou seja, esses campos de força, tinham a capacidade de desviar os raios ou impulsos de energia das armas opositoras em contato com sua estrutura energética para outra dimensão intermediária entre a 6ª e 6,1 dimensão. Isso no entanto também estava em analogia com a capacidade de absorção dos projetores internos das naves, que utilizavam um gerador multidimensional, que conforme era solicitado efetuava as condições de que esse funcionamento permanecesse. Mas o mesmo estava sujeito a sobrecargas, tipicas em um combate desproporcional entre o que estava para ocorrer. Uma nave com 15 Km de diâmetro possui centenas de projetores e geradores destinadas ao seu armamento, isso as torna capazes de gerar uma quantidade enorme de energia para seus armamentos, excedendo em milhares de vezes a capacidade das pequenas naves do tipo caça. No entanto por se tratar de nave pequenas e muito velozes como esses caças, tornava-se possível escapar as miras automáticas das naves maiores, devido a um sistema de interferência serial nas óticas de artilharia inimiga. Isso tudo no entanto era relativamente fácil devido a diferença de tecnologia entre ambas as partes, pois casso fossem naves da mesma linha, isso seria impossível de ser efetuado sem contar com a aniquilação completa das naves do comando temporal.

Tomadas todas as conciderações da operação, o pequeno grupo optou pelo ataque direto com uma ação de teletransporte direto sobre as naves inimigas, não permitindo com isso que houvesse tempo para reação por parte dos sistemas automáticos de defesa. Nesse estado as naves permaneceriam como Merkabas de luz, emitindo em seguida seus impulsos de neutrons e positrons direcionados, para fundir os propulsores e estações de energia das naves inimigas. Isso desintegraria e colocaria em curto e pane geral todos os sistemas de transmissão e geração de energia imobilizando as naves. A ação foi planejada e efetuada sistematicamente, permitindo com isso que o pequeno comando atingisse o maior numero de naves inimigas. No entanto o plano não ocorreu como esperado, pois a reação da frota inimiga foi muito mais rápida do que esperado, com isso obrigando aos caças do comando temporal utilizarem armamentos bélicos de maior magnitude, como canhões de materialização de bombas de anti-matéria controlada. Houve um caos completo ao redor da naves, os campos de proteção das naves da Ordem do Dragão Negro bloquearam grande parte da investida dos caças, mas mesmo assim foram severamente danificadas, por outro lado os pequenos caças eram bombardeados incessantemente pelos canhões inimigos, que superavam e parte a capacidade de absorção dos campos de força dos pequenos caças. Mas quando o caça era atingido por vários canhões simultaneamente, este era obrigado a fugir para não ser desintegrado. Essa fuga era efetuada no semi espaço por meio de um sistema automático de desmaterialização, essa evasiva foi a responsável pela sobrevivência do pequeno grupo.

O combate foi muito violento, pois grande parte da frota da Ordem utilizou caças e naves menores roborizados dificultando ainda mais a ação do comando temporal, por outro lado a ação determinada de retaliação sem contemplação por parte do pequeno grupo foi muito rápida. Os caças lançavam suas bombas e raios de ressonância sobre os campos inimigos causando seu colapso em poucos segundo, permitindo com isso que suas bombas se materializassem dentro das naves. Em 25 minutos de operação 16 naves da frota da ordem tinham sido inutilizados sendo que 5 dessas naves tinham sido destruídas por completo. As naves restantes conseguiram se proteger e bloquear o ataque com suas frotas de naves menores, que chegou ao numero de 3500 unidades, o que tornou impossível o prosseguimento da operação de Shtareer e seus companheiros, nisso uma das naves de ataque Pleiâdiana foi destruída atingida por 5 naves simultaneamente. O comando temporal saiu em evasiva e se escondeu novamente em um ponto especificado como ponto de encontro dentro da nuvem de poeira cósmica. As naves da Ordem seguiram em perseguição. Essa ação desenfreada resultou na morte aparente de 1700 vidas de seres da ordem do Dragão, a destruição de 25000 robôs e mais 5000 feridos. Com relação a morte desses 1700 seres, devo esclarecer que num combate dessa magnitude a relação entre vida e morte e bem diferente ao que nossa ética moral acusa, em primeiro lugar como o combate ocorreu no espaço livre, as almas desses seres retornam automaticamente ao seu ponto de origem, isto é, ao seu EU SOU ou Monada planetária original. É muito raro uma alma ficar penando no espaço cósmico. Nesse plano de consciência em que ambas as civilizações se encontravam tratava-se de uma questão de poder político, na qual o estado de consciência pode ser transmutado de uma dimensão a outra. Esses seres ao morrem saíram de uma manifestação de 2,73 para um plano admensional no qual sua consciência unitária se encontra nos níveis superiores de ressonância com sua fonte polarizada em uma outra realidade. As almas dos 3 tripulantes do caça Pleiâdiano ao serem desintegradas, se fundiram imediatamente a seus corpos sutis presentes na nave de Yasamil, lembrando que essa nave é uma versão multidimensional. Como conseqüência de sua ação arrojada, a capitania da Ordem estava completamente desnorteada, pois verificou que seus planos não se manifestaria da forma planejada, por outro lado apesar de verificarem que se tratava de naves de luz, não podiam avaliar a procedência dessas naves. Isso os deixava sem condições de avaliarem quem estava atacando-os, a possibilidade da existência de um comando temporal estaria agregada a diversas outras baseados em sua eventual invasão de território alheio. Sendo assim era necessário reformular sua ação e preparar uma investida contra os agressores, assim como determinar a real situação. Enquanto a armada se ocupava no resgate dos sobreviventes e reparos do que poderia ser aproveitado nas outras naves de grande porte destroçadas, o comando de ataque mantinha uma perseguição cerrada contra Shtareer e seus aliados. Dentro da nuvem de poeira, verificaram que os caças estavam bem avariados e seus circuitos cristalográficos apresentava sobrecarga em diversos sistemas, prejudicando o funcionamento dimensional das naves, enquanto isso a nave de Shtareer apresentava avarias no casco e em seus sistemas de orientação orbital e multidimensional, isso representava que o pequeno grupo estava impossibilitado de regressar a Terra sem deixar rastros. Escolheram um ponto de observação e efetuaram os primeiros reparos para que pudessem efetuar uma fuga de emergência. As naves inimigas da ordem estavam muito próximas e divididas em esquadrilhas de 50 naves cada totalizando 70 esquadrões de busca. Um combate entre eles era nestas condições praticamente um suicídio, pois devido ao tamanho das naves serem semelhantes, a agilidade e velocidades eram mais equivalentes, diminuindo a ação surpresa. Após uma pausa de poucas horas eles reiniciaram uma rota de fuga entre as esquadrilhas monitoradas em seus radares. Escolheram dirigir-se ao núcleo central da Grande Nuvem de Magalhães, na qual além de muitas aglomerações de poeira e estrelas, existia uma ampla barreira de radiações que impediriam a sua detecção, mesmo que estimassem a sua provável rota de fuga.

Depois de uma série de manobras de despistamento foi possível pousar em um planeta do tipo terreno e efetuar as possíveis reparos em solo, outros tiveram que ser efetuados no espaço devido a falta de gravidade. O grupo pode voltar para o nosso Sistema Solar em sua contagem pessoal de tempo após 4 dias de operação, em termos de tempo terráqueos referente a Lhana na Terra a operação durou 10 dias. Ao retornarem a nave de Yasamil houve outra reunião e trataram das novas deliberação e meios de evitar um avanço segregado da ordem Negra. Nesse ínterim a nave de Yasamil foi detectada por uma nave mãe dos Nodianos, que solicitaram sua identificação e permissão de abordagem de um grupo de relações publicas. O contato com os Nodianos era esperado, mas não significava que pudessem contar completamente com eles, ao ponto de revelar o motivo da operação. Era necessário dar credito as afirmações de Shtareer para o povo Maldequiano. A nave de Yasamil recebeu a bordo dois representantes de Nodia, Cascal e Barduzen membros da casa Cre’ator de Nodia. Eles eram embaixadores que representavam o senhor Opatel um alto representante de Nodia, que estava interessado nas ações pouco recomendáveis dos Maldequianos. Ficaram bem impressionados com a tecnologia e estrutura da nave gigante que visitavam. Yasamil e Ravena os receberam abertamente e se apresentaram como sendo representantes de um grupo Confederado do outro extremo da galáxia, local no qual Nodia não atingiria em pelo menos 1500 anos terrenos. Shtareer foi apresentado e comunicou que já estivera em contato com os povos deste Sistema Solar e procurava orientar as ações dos grupos dominantes, no sentido de serem mais harmoniosos e menos prepotentes. Foi também mencionado o fato que eram seres capazes de se comunicar com outras dimensões e hierarquias pertencentes a Ordem dos Elohins, isso era fundamental para deixar os membros do Comando Temporal com maior autonomia.

‘‘ - Senhores Cascal e Barduzen, somos representantes de um grupo que já evolui para outras dimensões do pensamento, estamos em contato com nossos criadores, assim como alguns de seus sacerdotes. Por isso poderão verificar a fidelidade de nossas palavras. Estamos aqui para monitorar da mesma forma que vocês, mas ao contrario não temos interesses comerciais com estes planetas, o nosso interesse encontra-se na qualidade das vibrações espirituais emanados pelos seres humanos destes planetas.’’ Eram as palavras de Yasamil que assumira as negociações como Comandante da nave.

‘‘ - Senhor Yasamil verificamos que seus padrões cerebrais emitem um aspecto que nunca antes tinham visto com outras raças. Estamos aqui para conhece-los e negociar um entendimento amistoso para ambas as partes. Não somos conquistadores, pois acreditamos que cada povo deve ser livre e seguir seus ideais, porém via de regra buscamos harmonizar nossas relações juntamente com nossos novos amigos, para que ambos possamos evoluir e construir uma sociedade melhor.’’

‘‘ - Conhecemos o código de honra de seu povo, acredite-nos conhecemos seu povo a muito mais tempo do que imaginam, apenas nunca nos apresentamos em corpos físicos devido a não ter havido necessidade para isso. O mesmo ocorreu com o povo de Gracyea que não necessitou da nossa presença oficial. Os Elohins podem se manifestar através de outros povos, sem terem que apresentar-se pessoalmente.” Novamente Yasamil argumentava.

‘‘ - Gostaríamos de saber mais a respeito se for possível expor esses conhecimentos ?’’ Manifestava Barduzen.

‘‘ - Ravena terá enorme prazer em explicar-lhes tudo o que desejarem. Ela é minha subcomandante e possui uma capacitação nos campos multidimensionais excepcionais, podendo demonstrar algumas de nossas alegações.’’

Enquanto isso Yasamil e Shtareer verificavam telepaticamente com outros membros da nave, que as naves de patrulhamento avançado detectavam nos arredores de Betelgeuse uma nave da ordem do Dragão Negro. Nessa distância eles poderiam iniciar uma ofensiva a distância sem colocar em risco sua segurança pessoal. A patrulha recebeu algumas naves de reforço e permaneceu em segurança em um semi espaço dimensional adjacente a constante dimensional da nave da ordem, com o qual poderiam seguir suas ações. Não foi concedido o ataque, pois era necessário permitir maior segurança na psique do inimigo, enquanto ele não se considerasse seguro, seria difícil localizar as outras naves, portanto a vigília era a única medida sensata em fazer. Era necessário identificar a posição das outras 3 naves, elas poderiam estar em qualquer lugar próximo a Terra ou mesmo dentro da galáxia. Também existia a possibilidade de que a frota se fragmentasse por completo com as naves menores. Essa possibilidade era a mais preocupante, mas enquanto o comando temporal estivesse dentro do Sistema Solar não haveriam problemas, pois após os acontecimentos predestinados referentes a explosão de Maldek o restante dos acontecimentos estariam dentro de um segmento que não satisfariam a Ordem pondo por terra todos os seus planos. Em outras palavras a situação do Comando Temporal era satisfeita, pois tinham que aguardar, além disso tinham enfraquecido consideravelmente a frota da Ordem.