Existe apenas uma realidade subjacente que sustenta e penetra invisivelmente toda a existência. Ela pode receber nomes diferentes, descritos de maneira diferente e experimentados através do prisma único da consciência de cada alma. No entanto, em essência, é o Um, e não há outro.
Esta Unidade é a verdade suprema, mas nesta Unidade como uma realidade interdimensional estão as forças da luz e das trevas que fazem parte da estrutura da Criação. Estas forças se manifestaram quando todas as coisas emergiram e se diferenciaram de dentro do Inominável. Luz e escuridão são forças cósmicas, bem como energias que existem na consciência humana. Como tal, elas têm intencionalidade, vontade e capacidade de influenciar os assuntos humanos.
Durante grande parte da história humana, a luz e a escuridão operaram inteiramente nos bastidores, causando o avanço de culturas e civilizações ou, alternativamente, um beco sem saída no qual nenhum movimento adicional era possível. O drama cósmico que estava por trás desta evolução tornou-se matéria de mitos e lendas, mas a maior parte não era conhecida pela consciência coletiva...
No início da Criação, era o plano de Deus, nascido do amor, dar a todas as almas o precioso dom da liberdade. Este dom permite que cada alma se torne um eu completo com existência não qualificada. Sem o livre-arbítrio, a existência seria qualificada, pois as escolhas não seriam totalmente abertas.
Como tal, as almas não seriam capazes de participar da sagrada Aliança com o Divino, o que envolve a capacidade de escolher Deus ou se afastar – escolher viver na presença do sagrado ou negar esta presença. O livre-arbítrio permite que cada eu se torne inteiro e se torne completo em Deus.
Alguns se perguntam se tal liberdade vale a dor extrema e a sensação de isolamento que tem feito parte da experiência humana, pois as consequências da liberdade humana foram gloriosas e trágicas. E, no entanto, sem esta liberdade, não poderíamos nos tornar os indivíduos que somos. Não poderíamos nos tornar um eu totalmente formado. Para que a individualidade – a individuação da consciência Divina – acontecesse, a liberdade tinha que existir....
“E o Espírito de Deus se moveu sobre a face das águas e Deus disse: “Que haja a Luz.”
No sentido mais fundamental, luz e escuridão são energias da Criação, geradas a partir de uma Unidade em um momento em que todas as coisas passaram a existir. Embora também possam ser expressas em seu sentido mais humano em relação às motivações e sentimentos que chamamos de 'escuridão' ou cheias de luz, elas são, na origem, energias que influenciam a consciência da maneira mais ampla possível, fazendo com que a humanidade se mova em diferentes direções em sua percepção do que é mais real.
Pode-se observar estas energias simplesmente no nível humano, nos pensamentos e ações dos indivíduos e nossa resposta a eles. Ou, pode-se olhar para elas em termos das maneiras pelas quais elas influenciam a consciência coletiva e seu movimento em direção ou afastamento de um sentido do sagrado e do Divino. A influência das trevas em todos os níveis é criar a separação da verdade da realidade divina e, simultaneamente, da experiência da realidade...
del.icio.us