O que era para ser uma pesquisa de sua tese de doutorado sobre objetos distantes que orbitam o Sol se transformou na descoberta do maior cometa provavelmente já identificado, com diâmetro estimado em 150 km — cerca de 2,5 vezes o tamanho do detentor do último recorde. Um dos responsáveis foi o cosmólogo brasileiro Pedro Bernardinelli, de 27 anos, cujo sobrenome batizou o novo corpo celeste. E foi tudo “por acaso”.
Pedro Bernardinelli, de 27 anos, descreve para Época os detalhes do projeto que resultou na identificação do corpo celeste de 150 km de diâmetro que viaja na direção da Terra e explica os impactos de sua aproximação do Sol
Integrante do projeto Dark Energy Survey (DES), iniciativa que reúne estudantes de universidades de oito países — incluindo o Brasil — para observar a distribuição de galáxias no Universo, Bernardinelli buscava extrair objetos do sistema solar localizados além de Netuno. O cientista e seu orientador Gary Bernstein, no entanto, se depararam com...