UM SÁBIO DIFERENTE
Por Malba Tahan
Conta-se que vivia, em um velho hotel em Marrakech, um homem de nome Vladimir Kolievich.
Falava pouco e quando conversava com os outros hóspedes não fazia referências sobre seu passado.
Deixava, às vezes, escapar observações eruditas, que davam mostras de grande e extraordinário saber.
Uma noite, quando vários hóspedes se encontravam reunidos na sala, uma jovem escritora russa perguntou se alguém saberia onde ficava um rio de nome Falgu.
Embora fossem pessoas cultas e estudiosas, todos confessaram ignorar tal informação.
Para surpresa geral, porém, o misterioso Vladimir aproximou-se dizendo:
O rio Falgu fica perto da cidade de Gaya, na Índia.
Para os budistas é considerado um rio sagrado, pois junto a ele Buda teria recebido a inspiração divina.
Diante da admiração de todos, continuou:
Seu leito apresenta-se coberto de areia, parecendo eternamente seco, árido como um deserto.
O viajante que dele se aproxima não vê água, nem ouve o menor rumor do líquido.
Cavando-se, no entanto, alguns palmos na areia, encontra-se um lençol de água pura e límpida.
E, com a simplicidade e a clareza peculiares aos grandes sábios, passou a contar coisas curiosas, não só...
Falava pouco e quando conversava com os outros hóspedes não fazia referências sobre seu passado.
Deixava, às vezes, escapar observações eruditas, que davam mostras de grande e extraordinário saber.
Uma noite, quando vários hóspedes se encontravam reunidos na sala, uma jovem escritora russa perguntou se alguém saberia onde ficava um rio de nome Falgu.
Embora fossem pessoas cultas e estudiosas, todos confessaram ignorar tal informação.
Para surpresa geral, porém, o misterioso Vladimir aproximou-se dizendo:
O rio Falgu fica perto da cidade de Gaya, na Índia.
Para os budistas é considerado um rio sagrado, pois junto a ele Buda teria recebido a inspiração divina.
Diante da admiração de todos, continuou:
Seu leito apresenta-se coberto de areia, parecendo eternamente seco, árido como um deserto.
O viajante que dele se aproxima não vê água, nem ouve o menor rumor do líquido.
Cavando-se, no entanto, alguns palmos na areia, encontra-se um lençol de água pura e límpida.
E, com a simplicidade e a clareza peculiares aos grandes sábios, passou a contar coisas curiosas, não só...