Estava um dia pensando e percebi que todas as pessoas com as quais tinha me relacionado tinham algum problema com a mãe, eu tinha amigas que eram mãe das mães, ex-namorados que tinham problemas com a mãe ausente, ou seja, muitas pessoas que estavam com problemas que não percebiam. Quando entrei para a faculdade, conheci uma pessoa que dizia não gostar da mãe dela e, por incrível que pareça, ela foi a primeira pessoa da sala com a qual tive contato. Isso é o que chamamos de lei da atração. Com o passar do tempo, ela jogava o problema que tinha com a mãe para a sogra, da qual ela também não “gostava”. Certa vez, tive a oportunidade de conversar com ela e, num dado momento, ela começou a desabafar sobre as coisas que a mãe fez. Essa moça dizia que a mãe era narcisista e passou 1 hora contando as histórias que a sua mãe tinha feito e pelas quais ela havia sofrido. Olhei para o relógio e lhe disse:
Quando somos pequenos, não há nada melhor do que um colo da mãe. Aquele lugar em que nos sentimos protegidos, seguros, em que a vontade de chorar vai sumindo aos poucos. Tenho vagas lembranças da época em que eu era bebê de colo, mas lembro-me nitidamente da sensação de ir para o colo da minha mãe, de saber que ela estava ali comigo.
Hoje, quando pego meu bebê de quase dois anos no colo e vejo-o se acalmando só porque estou com ele, sinto uma alegria imensurável. Percebo o mistério e a magia que envolve mãe e filho. A magia do colo é uma delas. Colo com abraço apertado, com beijo no rosto ou no joelho machucado. E não é que esse colo console só os filhos bebês. Os filhos crianças, adolescentes e, também, os já adultos sempre vão gostar de um colo de mãe.
Neste mês de maio, é tempo de honrar, agradecer às nossas mães, especialmente pelos inúmeros colos recebidos. Colos esses que nos ajudaram a nos sentirmos mais seguros para os desafios da vida. Colos que nos consolaram quando os problemas...