Quando nos priorizamos, os acontecimentos, diálogos, encontros, caminhadas, descanso, trabalho ou qualquer ato cotidiano nos remetem a auto-observação de como reverbera, em nós, o que chega vindo de fora.
Ao acolher um amigo em sofrimento, se não estivermos a serviço de nós mesmos, ouviremos sem apenas ouvir, mas com julgamentos, lançamento de frases de efeito, tipo isso passa, tudo passa, você é forte, etc., etc. Frequentemente, tomados, ainda, por um sentimento de gratidão por não estar acontecendo conosco ou em pânico pela possibilidade de que possa acontecer ou com piedade por não poder tirar a dor do outro.
Queridos, essa maneira de ser está impregnada em nossa programação mental, por isso as ocorrências de dor, perda e sofrimento são recorrentes, independentemente da pessoa, da classe social ou do país que mora.
Conseguimos nos manter UM no sofrimento, mas resistimos em reconhecer que somos UM na alegria e no amor, porque somos o resultado de todas as defesas que criamos disfarçada sobre o amor próprio. Visto mais de perto, é a maneira eficiente de perpetuar a divisão entre as pessoas sortudas e as...