Durante grande parte da história humana, a verdadeira causa das doenças infecciosas permaneceu um mistério. Na ausência de tratamento, muitos pacientes sucumbiram às suas doenças. Não foi até o século XIX que a evidência da existência de germes, vírus e bactérias foi revelada. A descoberta da penicilina em 1929, e depois de muitos outros antibióticos farmacêuticos, finalmente permitiu o tratamento específico de doenças infecciosas. A mortalidade e o sofrimento ligados a essas doenças caíram tão espetacularmente que as plantas que usávamos com a sabedoria empírica até então na luta contra os germes invisíveis foram abandonadas.
No entanto, nas últimas décadas, um número crescente de estudos trouxe essas plantas de volta aos holofotes. Uma extensa pesquisa tornou possível obter uma compreensão mais profunda de suas propriedades antibióticas. Não só demonstraram ter maior eficácia terapêutica do que se acreditava, mas também um espectro de ação muito maior. De fato, muitas plantas são eficazes contra vírus, o que não é o caso dos antibióticos farmacêuticos. Além disso, seus efeitos colaterais – se houver – tendem a ser benignos, e as plantas não estimulam...